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Vitimização como instrumento de conquista

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Por: João Vicente Machado;

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Desde há muito tempo, a vitimização tem sido um poderoso instrumento usado para a conquista de aspirações ambiciosas. O coitadismo piegas, revelou-se como uma forma dissimulada de atingir metas ousadas e na maioria das vezes inalcançáveis.

De efeito hipnótico, o coitadismo atinge o cerne da sensibilidade humanitária de muitos, e paralelamente age como um poderoso corretivo que apaga as distorções de caráter e o embuste dos autores.

A sua eficiência é tamanha que até em histórias e estórias infantis, o coitadismo era usado para evidenciar a crueldade do vilões diante de vítimas inofensivas. Quem não lembra das estórias infantis envolvendo o Chapeuzinho Vermelho, a Branca de Neve, a Gata Borralheira, Tom e Jerry ou os Três Porquinhos de Disney?

O coitadismo era  usado até mesmo nos inesquecíveis e excelentes filmes do faroeste, onde o enredo se desenvolvia entre a figura inocente do mocinho salvador e um vilão truculento e covarde. Foi assim no clássico de George Stevens-Os Brutos Também Amam.

Mutatis mutandis, a ambição e o jogo sujo têm sido prática corrente na política liberal burguesa e  na maioria das vezes está embasado em pressupostos que desprezam os princípios éticos. Esse é um hábito deveras pernicioso, geralmente usado por políticos sub-mediocres e sua prática  é useira e vezeira  na encenação de  factoides que conseguem pela via do coitadismo  enganar a boa-fé dos ingênuos com astúcias e espertezas.

Ao que parece, o episódio recente que marcou o suposto atentado contra a vida do ex-presidente da república dos Estados Unidos da América do Norte, (USAN) Donald Trump, poderá ser catalogado na galeria da história como um dos casos mais característicos de coitadismo eleitoral.

Ora, os USAN ao longo de toda a sua história republicana, já elegeram 46 presidentes da república, entre os quais estão alguns foram postulantes eleitos e outros foram simples candidatos. A história daquele país  registra vários  casos de atentados, que culminaram no assassinato  de 3 presidentes.

Abraham Lincoln– foi assassinado em 1865 por John Wilkes Both;

James A. Garfield– foi assassinado em 1881 por Charles J. Guiteau;
William McKinley– foi assassinado em 1901 por Leon Czolgosz;
John Fitzgerald Kennedy– foi assassinado em 1963 por Lee Harvey Oswald;
Robert Fitzgerald Kennedy– foi assassinado ainda como candidato em 1968;
George Wallace– foi baleado ainda como candidato em 1972, vindo a tornar-se paraplégico.

Além dos casos de assassinatos, ocorreram atentados à vida de candidatos tais como:
Theodore Roosevelt-vítima de atentado à vida em 1912, por John Schrank;
Ronald Reagan-vitima de atentado à vida em 1981, por John Hinckley Jr;
Donald Trump-vitima de atentado à vida em 2024, por Thomas Matthew Crooks.

Afora esses casos de crimes mais graves, ainda ocorreram outros episódios nos quais as vítimas chegaram a ser alvejadas, mas não foram atingidas. Foram os casos de:
Franklin Delano Roosevelt e de Gerald Ford.

No geral teriam sido 11 casos o que convenhamos, não é pouco. Parte deles são cercados de grandes mistérios que ferem a lógica e semeiam algumas dúvidas, até hoje não respondidas.

Tomemos por base o assassinato do ex-presidente John Fitzgerald Kennedy, o mais misterioso de todos eles e de causa até hoje não  revelada. Para rememorar  façamos a releitura de alguns trechos de uma matéria publicada no jornal espanhol EL PAÍS na sua edição de 27 de outubro de 2017:

“Os documentos liberados sobre o assassinato do presidente dos EUA em 1963 tendem a aprofundar o enigma.
As sombras resistem a abandonar o crime que fez tremer o Século XX dos Estados Unidos. A liberação de 2.891 informes secretos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy tende a aprofundar as incógnitas. Não só porque ainda são mantidos ocultos 200 documentos considerados sensíveis demais para a segurança nacional, mas porque os arquivos trazidos à luz revelam as contradições do sombrio mundo dos serviços de inteligência. Uma viagem nebulosa e subterrânea onde, entre muita sucata informativa e relatórios defasados, figuram as obsessões de uma época: o ódio a Fidel Castro, a política de blocos, a estranha vida do magnicida e as suspeitas de uma conspiração.
As sombras resistem a abandonar o crime que fez tremer o Século XX dos Estados Unidos. A liberação de 2.891 informes secretos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy tende a aprofundar as incógnitas. Não só porque ainda são mantidos ocultos 200 documentos considerados sensíveis demais para a segurança nacional, mas porque os arquivos trazidos à luz revelam as contradições do sombrio mundo dos serviços de inteligência. Uma viagem nebulosa e subterrânea onde, entre muita sucata informativa e relatórios defasados, figuram as obsessões de uma época: o ódio a Fidel Castro, a política de blocos, a estranha vida do magnicida e as suspeitas de uma conspiração. (grifo nosso)
Entre os planos descritos nos informes figura uma operação (já conhecida) criada com o apoio do mafioso Sam Giancana para acabar com Castro por meio da bactéria do botulismo. Duas vezes essa trama fracassou. Uma pelo temor do agente que recebeu as pastilhas com o tóxico e outra porque Castro deixou de comparecer ao restaurante onde lhe esperava o garçom que deveria verter as bactérias em sua comida.
Outro projeto, que não passou da fase embrionária, consistia em aproveitar o gosto de Castro pelo mergulho para dar-lhe de presente um equipamento de mergulho contaminado com fungos e bacilos de tuberculose. Tampouco chegou muito longe a ideia disparatada de fornecer a um infiltrado uma caneta-bala. O mesmo espião considerou isso impossível, dada a escolta que acompanhava Castro, e pediu armas convencionais. Nunca foram utilizadas.
Oswald sempre será uma incógnita. Sua morte em mãos do mafioso Jack Ruby é o principal pilar das teorias da conspiração. Entre os papéis liberados há um destinado a fazer as delícias dos amantes das sombras. Um informe secreto do lendário diretor do FBI J. Edgar Hoover, no qual afirma que sua agência alertou para o risco de assassinato de Oswald. Escrito em 24 de novembro de 1963, no mesmo dia em que o magnicida foi liquidado. Hoover recorda: “Na noite passada recebemos uma ligação em nossa agência em Dalas de um homem que, falando com voz calma, disse que era um membro de um comitê organizado para matar Oswald. Fizemos a notificação para o chefe da delegacia policial e este nos garantiu que Oswald teria proteção suficiente. Nesta manhã telefonamos outra vez avisando-o sobre a possibilidade de alguma tentativa contra Oswald e nos voltou a garantir que lhe seria dada a proteção adequada. No entanto, isso não ocorreu”

Essa é uma amostra sombria do que rola nos camarins das disputas da economia política, com reflexos significativos na história política dos USAN e do mundo, que fogem ao domínio público e pouca gente toma conhecimento.

Desde a comunidade primitiva a economia vem sendo “a correia de transmissão da história” ditando o seu rumo ao sabor de interesses de classe.

Se engana quem imagina que o gatilho da 1ª guerra mundial foi o assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando, ou que a invasão da Polônia pelos alemães em 1939 tenha sido o gatilho da 2ª grande guerra mundial.

A motivação de fundo dos dois conflitos citados, foi simplesmente uma disputa mercadológica. Ou seja, foram interesses econômicos que presidiram as ações que acabaram por levar o mundo aos dois conflitos.

Convenhamos que a pré campanha eleitoral de Donald Trump atravessou um longo período de intensas contestações, e que a sua postulação vinha enfrentando mais de trinta representações judiciais, onde em algumas delas ele  já era considerado inelegível. Esse cenário por si só, afugentava tanto os eleitores de um modo geral, quanto os doadores de campanha de modo particular.

É muito estranho que há pouco mais de uma semana do grande evento que foi a convenção do Partido Republicano, Trump tenha sido alvejado mesmo que de raspão, com um projétil saído de uma arma de fogo poderosíssima, como é o caso de uma AR 15.
Para completar a dúvida, o acusado foi um jovem imberbe de 20 anos e de nome Thomas Mathew Crooks que, ato continuo ao pretenso atentado, foi executado pela segurança sem sequer ser ouvido.

Por fim, nos dias da longa convenção, surge o empresário lobista Elon Musk, se dizendo representante do Vale do Silício e prometendo uma doação pessoal de US$ 45 milhões por mês, até a data das eleições em novembro. Seria ele o único doador? Que interesses econômicos  movem o empresariado para o apoio a TRUMP?

Capiche? Parafraseando os italianos: entendeu?

As causas reais do que aparenta ser a representação de uma cena macabra, a história irá nos revelar. Aguardemos!

 

 

 

Referências:
Atentado contra Trump: EUA já tiveram 4 presidentes mortos e 3 feridos em tentativas de assassinato – BBC News Brasil;
O caso Kennedy: aviso desprezado pelo FBI e a conspiração que os soviéticos viram | Internacional | EL PAÍS Brasil (elpais.com);

Fotografias:
Chapeuzinho vermelho – Pesquisa Google;
Branca de neve – Pesquisa Google;
“Os Brutos Também Amam” é a indicação de Ivanaldo Silveira para ‘O Filme da Semana’; VEJA O TRAILER ⋆ Pense! Numa Notícia (pensenumanoticia.com.br);
54 anos após assassinato de John Kennedy, sua morte continua sendo um mistério (pressenza.com);
Atentado a Reagan – Pesquisa Google;
Atentado à Trump – Pesquisa Google;
Lee Harvey Oswald: o que aconteceu com o homem que matou Kennedy há exatos 57 anos? (aventurasnahistoria.com.br);
Thomas Matthew Crooks: o que se sabe sobre homem que atirou em Trump – BBC News Brasil;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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