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Mãeterapia

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Por: Karen Emília Formiga;

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Por mais clichê que o título desse texto seja (e é muito), nada poderia substituí-lo.
É quase certo que já ouvimos ou lemos em algum lugar ou alguma postagem das redes sociais sobre a força e o poder que a amizade entre mães pode proporcionar na rotina e no dia a dia umas das outras.

Uma vez devidamente estabelecida, a relação entre duas ou mais mães que se entendem, que se compreendem proporciona um vínculo que deságua em leveza, e arrancará boas risadas por ter vivido situações semelhantes ou idênticas.

É extremamente salutar conversar com outra mãe – parênteses importantes:(se e quando) nos sentimos seguras daquilo que fazemos e não achamos que estamos sempre competindo com alguém.

Já experimentou contar a alguém algo de errado que você fez e tentou rir dessa situação? Faça isso para assistir o quão prazeroso é. Desfazer de querer estar sempre certa é uma prática terapêutica fantástica. “Não faço ideia como passar por isso. O que você fez? Deu certo?”

Mas para que funcione, é preciso confiar. Como toda relação que se preze e preze pela continuidade, é necessário não ter um ego inflado demais para não achar que todas as pessoas do mundo a copiam porque você sabe o que faz. Lamento frustar quem chegou até aqui, mas é certo – uma mãe não tem certeza de tudo, e se dá certo com o segundo, terceiro ou quarto filho, deu errado com o primeiro.

A maternidade é local empírico. Só funciona com experiência, com vivência.
É bom ter outra mãe por perto. Outra pessoa que possa entender como alguns dias são mesmo bem difíceis, ainda que se tenha conhecimento do propósito e compreenda que a graça de Deus é o que nos sustenta. Uma coisa é acreditar nisso. É saber que a fé e ter uma fé faz com que passemos muito mais tranquilas pelos desafios. Outra coisa é diminuir a dificuldade dos dias, do que as fases de um ser humano em desenvolvimento é capaz de fazer com a mãe. A privação de sono, de banho, de descanso e de necessidades básicas como alguns minutos sozinha arranca de nós o mínimo de bem-estar para ficar bem para os nossos filhos. Isso somente outra mãe é capaz de entender.

Há mães que querem reclamar e não se sentem à vontade de falar sobre suas dores e medos porque os julgamentos pesam. Então, elas se calam. Não sem antes somatizar no corpo uma série de fatores que a deixarão doentes. “Falar é terapêutico”, já dizia um slogan da Psicologia. Se não resolvemos na nossa mente, reverbera no nosso corpo e em tudo a nossa volta.

Se a mãe quer reclamar, deixe-a. Deixe que ela fale. Somente ela conhece o caminho que a levou até ali. Se você sugerir uma oração, uma viagem ou para que ela faça algo que ela goste, faça isso com o coração cheio de boas intenções. Deixe que ela diga que a maternidade tem momentos tão severamente desafiadores que ela acredita que não irá conseguir. Sem juízo de valores. Se puder, só a escute.

Depois de falar, ela estará mais leve e com mais espaço no coração para ser só amor, novamente. Mas a parcela humana dela, aquela racional em que as tribulações maternas dominam, precisa encontrar formas de extravasar o que não é de todo bom. E o exercício da maternidade tem mesmo disso: nem todos os dias são fáceis ou funcionam.

Se você é uma mãe que tem uma amiga mãe, você encontrou uma forma de curar aquilo que te aflige. Se você não disputa, não compete com essa mãe, se vê nela uma inspiração capaz de extrair o seu melhor, acredite, você tem uma alternativa para tratar e curar muita coisa em si.

Ache um espaço para um café, para um bolo, tente ser ouvidos atentos. Acolha-a. Entre mães, isso se chama mãeterapia e tem efeito imediato de bem-estar físico, mental e espiritual.

Exercite-se nesta modalidade!

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