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As crianças à Luz da Espiritualidade

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Não podemos deixar de abordar, neste mês de outubro, as crianças. Nosso enfoque é claro, envolve, em primeiro lugar, a aceitação da reencarnação, e, em segundo, que o que morre é nosso corpo físico. Nosso Espirito, aquilo que nos constitui verdadeiramente, segue a caminhada do aprendizado na vida espiritual, até voltarmos, em outro corpo, para dar continuidade ao aprendizado.

O processo de reencarnação, ou como chamamos normalmente, o nascimento de uma criança, não se dá apenas do encontro de um óvulo com o espermatozoide, que tem maior força e velocidade para chegar a um óvulo que está maduro e pronto para recebê-lo. Existe todo um planejamento, onde uma grande equipe Espiritual prepara e analisa todo processo da vida anterior do desencarnado, da família que ira receber àquela espírito. Na maioria dos casos, nascemos em uma mesma família à qual já pertencemos anteriormente ou que já tenhamos afinidades, e, que precisamos voltar para os ajustes necessários, ou as pendencias e o aperfeiçoamento do espírito. Necessário se faz que essa criança, independentemente de como chegue até nós, saudável ou não, sejam amadas e estimuladas a viver com alegria e em ambiente saudável.

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Não posso escrever este texto sem falar da concepção de um ser. Procuro mostrar a beleza e o trabalho que os artífices da espiritualidade têm para que uma vida surja. Trago algumas passagens do livro Missionários da Luz, da obra de Chico Xavier e André Luiz – no capítulo 13 – Reencarnação. Nessa obra trata-se do processo de reencarnação do espírito denominado “Segismundo”. Não trarei todos os detalhes do processo, apenas o suficiente para que se compreenda como se dá a preparação de um filho. Neste caso, o Espírito devedor, tinha questões a serem resolvidas com o futuro pai em função de questões acontecidas no passado. Segismundo tinha muitas dúvidas e medo de não conseguir seguir como a sua nova missão na Terra e na família que se preparava para recebê-lo.

“Alexandre o mentor do trabalho, Herculano, e outros trabalhadores encarregados da preparação juntamente com André Luiz seguem até a casa de Adelino e Raquel futuros pais de Segismundo.
O desencarnado chorava convulsivamente. O instrutor acolhia-o como pai, e, após ouvi-lo durante alguns minutos, falou-lhe calmamente: meu amigo, quem não terá seus problemas, suas dores? E se todos somos devedores uns dos outros não será motivo de júbilo e glorificação receber as sublimes possibilidades de resgate e pagamento? “

Vemos nesta afirmativa a certeza de que todos nós nascemos para nosso aperfeiçoamento, e esse, não existe sem dificuldades e dores.
Ainda, conta-se que na hora que todos chegaram à casa onde teria inicio o grande milagre de uma nova vida, a família estava à mesa para o jantar. O amigo que seria recebido como filho, continuava com grandes apreensões e falava aos presentes:
– Reconheço que fui um grande criminoso, mas pretendo redimir as velhas culpas. Adelino, porém, apesar das promessas espirituais, esqueceu, na recapitulação presente, o perdão dos meus antigos erros.

Alexandre, com todo amor paternal, contestou:
“- ora Segismundo, porque envenenar o coração? Por que não desculpa você, por sua vez? (a necessidade do auto perdão) Não piore a própria situação, abrigando injustificável desânimo. Levante as energias meu amigo! (…) Tenha calma e prudência, não perca a bendita ocasião de tolerar alguma coisa desagradável ao seu sentimento, a fim de tolerar às necessidades do presente. Vamos equilibre-se! O momento é de gratidão a Deus e de harmonia com os semelhantes.

Segismundo enxugou os olhos, sorriu com esforço e murmurou:
– – Tem razão.
Lembramos ao leitor que estes, são momentos vivenciados por um espirito antes do verdadeiro ato que vai juntar-se espermatozoide e óvulo. O Espirito reencarnante, sabe de sua condição e ainda, sabe que vai haver um momento em que ele vai mudar sua posição. Vamos dar continuidade ao relato.

Se faz necessário, ainda, lembrar que o casal já assumiu na espiritualidade o compromisso de receber aquele filho, e, idealmente, se fazendo necessário no lar, e entre o casal, uma perfeita harmonia e companheirismo. Portanto, naquela noite não foi possível a concretização dos trabalhos para a geração de Segismundo.

Entretanto, o grupo espiritual volta a se reunir em outro dia, onde naquele lar, reinava a harmonia a oração feita pelos genitores e o irmãozinho;
Alexandre descreve, então, o cenário daquele novo dia: ‘Naquele momento, nosso grupo estava acrescido de três entidades amigas de Raquel, que tinham vindo até ali, igualmente convocados pela dedicação de Herculano a fim de cooperarem na solução do assunto.

O quadro era dos mais comoventes. O pequeno irmãozinho pusera-se de joelhos e fazia a oração dominical com infantil emotividade. Adelino e a companheira seguiram-lhe a prece com grande atenção. Continuando, os amigos espirituais, agora em silencio, a observar e colaborar naquele serviço espiritual com as melhores forças do sentimento. “

Notou-se que a esposa se achava rodeada de intensa luminosidade, que partindo de seu coração, envolvia o esposo e o pequenino em suaves irradiações. Muito sensibilizado, Adelino deixou escapar uma lágrima furtiva, quando o filho, terminando as preces, curtas em palavras e grandiosas em espiritualidade, lhe beijou carinhosamente as mãos.

Logo de depois, todos se recolheram sob cobertores, felizes e tranquilos. As equipes espirituais, não adentraram no quarto do casal, respeitando a intimidade dos mesmos naquele momento. O trabalho deles, era de oração no sentido de cooperar com aquele momento. Naquele momento foram fortalecidos os pedidos de cooperação divina para o casal, sendo todo momento acompanhado em profundo silêncio. Só havia ali, vibrações luminosas, derramadas sobre o leito do casal, quais correntes sutis de formas magnéticas revigorantes e regeneradoras.

Os Mentores do trabalho, descrevem que logo ao adormecerem, o casal se desloca de seus corpos físicos, cada uma função de sua personalidade. Deixava o corpo com leveza ou dificuldade, como foi caso de Adelino. Segundo os trabalhadores daquela noite, chamavam atenção da equipe de trabalho, que aquele casal eram espíritos associados de muitas existências em comum. Partilharam o mesmo cálice de dores e alegrias terrestres. Raquel, já deslocada do seu corpo físico, pode ver sua avozinha que veio para ajudar com o trabalho. Já Adelino, só podia ver Segismundo, com quem se encontra imantado pelas forças do ódio que ele deixou, imprudentemente, desenvolver-se, de novo em seu coração.
Podemos ver que neste relato, o filho que viria para aquele casal, tinha enormes desafios pela frente. Imaginemos receber como filho, alguém por quem não se desenvolvia a menor simpatia espiritual.

Naquele momento, ouviu-se um enorme grito lancinante. Adelino, receoso, identificara a presença do antigo adversário e, espavorido, tentava correr, inutilmente. Movimenta-se, com dificuldades com a intenção de voltar ao corpo físico, mas Alexandre, o Mentor, aproximando-se dele, com amorosa autoridade, estendeu-lhe as mãos, das quais saiam grandes chispas de luz. Contido pelos raios magnéticos, aquele homem pôs-se a tremer. Sentido que via algo mais que se antigo inimigo. Aos poucos, em vista das vigorosas emissões magnéticas, Alexandre consegue aproximar os dois, mas Adelino continua com o sentimento de pavor e medo. Finalmente, após muitas conversas, os dois inimigos com toda intervenção dos mentores, sentimentos de amor e fraternidade foram despertos para a nova caminhada que viria entre pai e filho.

Esta história, não será contada em sua integra, neste artigo, mas não podemos deixar de trazer informações da concepção. Após a união íntima do casal, chega ao local equipes altamente preparadas, pois durante o processo do projeto reencarnatório daquele ser que retornará à carne, houve grande trabalho de preparação do espermatozoide que carrega toda carga genética e preparação do ser que será gerado no útero. As equipes são responsáveis de remover todos os empecilhos e auxiliar os organismos unicelulares do embrião, na intimidade do útero materno, para reencarnação, por vezes tão dificilmente projetada e elaborada, não venha falhar, de início, por falta de colaboração do nosso plano, onde são tomados os compromissos.

Neste imenso trabalho, pode acontecer um aborto, “mas raramente se verifica obedecendo a causas de nossa esfera de ação. Em geral, do recuo inesperado dos pais terrestres, diante das sagradas obrigações assumidas ou aos excessos de leviandade e inconsciências das mães, menos preparadas na responsabilidade e na compreensão para este ministério divino.

A reencarnação é necessária para nosso aprimoramento. A infância é para o Espirito a fase mais importante para sua evolução, pois é nela que o aprendizado se torna mais fácil porque nesta fase o Espirito se torna mais sensível às orientações dos pais e as suas tendências ainda estão um pouco adormecidas. A criança nas mãos dos pais, é como um bloco de argila que precisa ser moldada com toda facilidade, dando-lhes a aparência que quer o artista. Depois que a peça for ao forno, o barro fica cozido e aí será difícil a modificação.

A criança precisa ser amada e compreendida. Existem estudos que comprovam que a criança que é amamentada, e que no momento desse ato tão sublime, os olhos da mãe, fitam os olhos do seu filho, essa criança se torna segura e mais confiante. A criança precisa receber todos os estímulos até o sétimo ano de idade. A partir dessa idade suas conexões neurais estão em pleno desenvolvimento para se tornar uma criança inteligente.

Ao decidir escrever este artigo, foquei muito um caso de uma gestação mostrada pela espiritualidade. Todas são assistidas, mas nenhuma é igual a outra. Nenhum ser humano reencarna por acaso. Uma preocupação que os órgãos de proteção à infância precisam voltar a divulgar e esclarecer, é que a criança que é mal alimentada tende a se tornar uma pessoa que não desenvolve seu intelecto. Teremos, ainda, como já aconteceu na antiga União Soviética, grupos de crianças que recebiam alimentos como se estivessem num grupo de produção, sem nenhum contato humano com aquelas pessoas que delas cuidavam, ou seja, não haviam uma relação de afeto ou amor .Estudos feitos posteriormente, mostraram que essas crianças não demonstraram condições intelectuais para dar continuidade a seus estudos porque seus neurônios não se desenvolveram.

Assim vemos que o desenvolvimento das crianças não depende apenas de alimentos para seus corpinhos em desenvolvimento, mas também de amor e estímulo para seus cérebros e corações. A fome, meus caros amigos, é muito perversa em todos tempos. Com a pandemia e a crise econômica global subsequente, as partes mais frágeis de nossa sociedade tendem a serem as mais afetadas, ou seja, as crianças, principalmente a mais pobres. Hoje vemos que a insegurança alimentar voltou a ser uma realidade em muitos lares brasileiros, e trabalhos de décadas, como o incentivo para o fim do trabalho infantil e a educação universal podem estar em risco de desaparecem ante a necessidade causada pela fome e o desamparo. Se nossas crianças continuarem a serem tratadas com descaso com a falta de alimentos para o corpo e para a alma, como apontam as estatísticas desse momento em nosso país, teremos a possibilidade de desenvolvermos grupos de crianças que se tornarão homens e mulheres capazes apenas de executarem atividades repetitivas e que não exijam desenvolvimento intelectual. Afinal, o que queremos para nossas crianças?
Deus como inteligência suprema, extremamente bom e justo, dá a cada um o que cada um buscou. Talvez seja difícil compreender isso de forma coletiva, mas somos coletivamente responsáveis pelo que escolhemos. E, somos coletivamente responsabilizados por aquilo que fizemos ou deixemos de fazer. É a Lei de Causa e Efeito, que jamais falha.

Obra Consulta: Quem quiser conhece um pouco mais do caso aqui contado: procurem a Obra Missionários da Luz – pelo Espirito de André Luís através da Mediunidade de Chico Xavier.

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1 COMENTÁRIO

  1. Os artigos de Neves Coura têm trazido informações ainda desconhecidas de muita gente.
    As limitações mentais que são inerentes aos seres vivos estabelecem um teto e delimitação onde o pensamento pode chegar.
    Se a conceituação for científica, para prova-la o autor se louva no trinômio tese, antítese e síntese. Todavia se a conceituação for de ordem filosófica precisa ser alcançada pela mente humana. Aí está a razão da filosofia está acima da ciência e espiritismo é uma filosofia.

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