Por: Emerson Monteiro;
Tempos e costumes nas horas que se repetem desde sempre nos painéis da fama de uma humanidade esquisita, apegada aos conceitos e presa às divisões, nesse longo aprendizado que denominaram Civilização. Apegos sucessivos das gerações que deixam aqui marcas profundas de interesses próprios.
Enquanto isso, cresciam as populações estigmatizadas pelos velhos costumes das almas divididas. Fome de poder, fama, riqueza, prazer, guerra, num transe por demais característico de quem agarra os derradeiros fiapos de uma história contrafeita de dramas e fúria. A floresta de si mesmo restou qual território de esconder as misérias humanas de entes fugitivos perdidos na consciência, que distraem os séculos ao seu modo; sarcásticas ilusões.
Agora tudo isto vem à tona diante dos acontecimentos, povos a buscar sobrevivência no seio de tudo. Criaturas iguais que enfrentam a mesma espécie perante os sóis, que preenchem de amor uma já natureza esquecida. Nós em nós mesmos, na ânsia de esconder propósitos e frustações. Um tempo de interrogação jamais vista cresce nesse horizonte, consequência do quanto até então os povos obtiveram das suas respostas às indagações da existência inteira.
Regressamos lá dentro de nós, somos os que iniciaram a epopeia da Criação e ainda buscam achar o motivo de muitas aventuras errantes. Bem na essência, ser isto, formação face a face aos perjúrios lá de fora, mantidos no íntimo dos homens que desfazem sonhos a duras penas. O tão sonhado desejo de paz agoniza nos braços de pobres e ricos, tristes e alegres, à força da esperança que padecia nos sonhos mais antigos.
Visões espantosas parecem evoluir. Razões enigmáticas. Armas. Desespero. E saber que significamos irmãos em crescimento aos olhos da Eternidade perfeita.
Aguardar, pois, o que possamos construí da certeza que isto representa em termos de continuidade e refazimento, aos olhos assustados desta época em que vivemos antes tantas vezes.