Por: Emerson Monteiro;
Algo solene que enche de paz as ausências e deixa rastros de solidão por todo lado. Um vazio dos itinerários que foram mergulhados no passado apenas percorre lentamente as razões de estar aqui. Nalgum momento mais e os pássaros acalmam seus trinados por causa da noite que se aproxima corajosa em véus de mistérios e interrogações. Nisso, as visagens vestem os trajes de assombração e começam a reler o roteiro das localidades aonde irão percorrer nas sombras, olhos cinzas e sustos. Enquanto que da calma dos movimentos renascem os sonhos, todos retornam aos lares na busca da certeza que guardam consigo.
Raras vezes essas ocasiões querem se revelar no senso das pessoas e suas histórias preenchidas nos lagos da individualidade, nas infinitas jornadas vidas afora. Dotados de vontade, desejam consciência. Mergulham na saudade de si e persiste a semear esperanças dos dias melhores, amáveis. Os pensamentos vivem disso, dessa intenção dos equilíbrios de lhes dominar o mar da procura e restringem o sol de suas almas.
Mesmo assim as palavras que deslizam pelos céus e contam da distância lá no horizonte tardio. Quantos, multidões de quereres a vagar nos raios do dia que sumiu pouco a pouco, sussurrando as indagações que falam nos labirintos das pessoas novas possibilidades a todo tempo. Um próprio de expectativas envolve, pois, o nexo que carregamos conosco a qualquer instante e todos lugares.
Conquanto haja de tudo nas sombras que invadem o dia, somos seus personagens principais, revelações em andamento no turno das visões adormecidas. Isso que pede respostas e pacientemente reservamos espaço na alma que afirme o instinto de continuar pelos caminhos que avistamos. Letras, sons, canções, algo distante a demonstrar alegria e força de tocar o roteiro que existe nas mãos dos quantos vivem aqui.