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Os tratamentos Espirituais

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Por: Neves Couras;

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Ao longo da minha jornada no estudo e pesquisas sobre o tema da espiritualidade e saúde, percebi que um dos temas que mais desperta emoções no público em geral, são as curas obtidas através da intervenção dos espíritos. Seja por falta de estudo ou compreensão do que na verdade significa este tipo de tratamento, até mesmo entre os que se consideram espiritas, existe por um lado a rejeição e, por outro, a busca, seja por curiosidade ou mesmo por necessidade e desespero.

Este tema se tornou, para mim, um grande desafio. Considerando em primeiro lugar, que busquei a Casa Espírita, como muitos, com a esperança de compreender um problema de saúde. Após procurar vários médicos, em vários estados de nosso país, não obtive a cura, nem mesmo um tratamento ou um diagnóstico.

Voltando às questões voltadas a minha chegada ao Espiritismo. Todas as vezes que eu buscava um novo médico, me eram prescritos incontáveis medicamentos e até biopsias.

Não encontravam respostas nem para o que seria a possível patologia. Então, uma amiga espírita vinha aos meus ouvidos: “vá buscar ajuda na casa espirita”. Por desconhecimento e até mesmo preconceito e medo do que eu iria encontrar, demorei um certo tempo para tomar a decisão de ir. Até que chegando ao limite de minha esperança de melhora, aceitei os conselhos da amiga.

Como a maioria dos brasileiros, nasci em uma família católica praticante. Faço essa afirmativa do “praticante” pois muitos falam que são católicos e fazem questão de acrescentar a sua resposta “não praticante”. Em meu entendimento se você escolhe uma religião, ou você vive seus ensinamentos ou, na verdade, não tem religião.

A Casa que me acolheu, além de me dar as respostas para os problemas de saúde que desenvolvi. Passei a pesquisar o tema, e digo mais, todo o processo de adoecimento pelo qual eu passei, no meu caso, nada mais foi que um chamado para que eu assumisse minha missão, não de curadora, mas de pesquisadora e divulgadora do trabalho de tantos que, no Mundo Espiritual, se dedicam, estudam e repassam, através da intuição, a muitos médicos e cientistas como a toda Ciência os avanços que chegam à Terra. Vai parecer esquisita essa afirmativa, mas não tenho interesse de convencer ninguém a respeito do que falo. É meu papel trazer as informações, acreditar ou não, é prerrogativa de cada um.

No entanto, como bem dizem os Médicos da Espiritualidade, no futuro todos os Médicos serão Médiuns. E aqui não digo que todos os médicos serão espíritas ou atuarão em casas espíritas, mas sim que o véu que separa a ciência moderna dos conhecimentos tradicionais e da sensibilidade aos ensinamentos dos benfeitores espirituais se dissipará.

Assim sendo, o reconhecimento do que falo e escrevo, ficará para o futuro, ou quem sabe para os que se desnudam de seus preconceitos e passam a buscar também, assim como eu por necessidade, este tipo de tratamento, que a cada dia, se torna mais difícil de ser encontrado nas instituições espiritas. Bom, este assunto daria uma tese. Deixemos para o futuro. Me dedico tanto a esse tema que a minha Dissertação de Mestrado e posteriormente a publicação de meu primeiro livro trata sobre este tema.

Cura Espiritual ou tratamentos que envolvem a presença de Médicos da Espiritualidade, não é assunto novo. Novas são as palavras e a forma de abordagem. No Brasil, quando se fala de Cirurgias Espirituais, vem a mente o trabalho feito por Dr. Fritz através de Zé Arigó, Médium de Cura que abalou não só o Brasil, mas boa parte do mundo. Como era objetivo da Espiritualidade chamar a atenção para a existência desse tipo de cura, as cirurgias praticadas por Arigó, realmente ainda nos causam perplexidade, mas repito, quando se estuda esse tema, passamos a compreender o porquê de nenhuma cirurgia feita por Arigó, utilizando canivetes, punhais e outros objetos não terem se transformado em um sem fim de contaminações e sepses.

Sei que este espaço não será suficiente para que eu aborde todo tema, mas aqui tenho objetivo de pelo menos despertar, em quem optar em ler este artigo, perder pelo menos o “pré-conceito” a respeito do tema.

Evidentemente, o tema cirurgia espiritual é o que causa maior espanto ou curiosidade nas pessoas. Mas, o processo de cura é mais complexo e ao mesmo tempo muito simples. Não estou aqui afirmando que os Médiuns que nascem com a missão de curar, são santos. Assim, como em toda religião temos os bons pastores e o que se desviam de sua missão. Seja por ganância ou por orgulho e necessidade de poder. Quem cura não é o Médium, esse é apenas o medianeiro, o intermediário, dos Espíritos.

Para a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, desde suas primeiras publicações na Revista Espirita publicada entre os anos de 1858 a 1869, Kardec fala de muitos casos de Cura através de vários Médiuns em todo mundo. Vamos pular um pouco no tempo, e falar de como se processa os tratamentos espirituais na atualidade. Pois assim como a Ciência e a tecnologia, os tratamentos espirituais também mudaram.

Para a compreensão da atuação da Medicina terrena e da Medicina espiritual, em primeiro lugar se faz necessário dizer que elas se complementam, considerando que cada uma age em corpos que tem funções diferentes. Precisamos ainda, entendemos esses corpos, pois sem esses conhecimentos tanto para maioria de nós, ainda muito materialistas, como para os cientistas e para algumas vertentes religiosas, não é possível entender os processos de adoecimentos e, consequentemente, a possível cura, por não entenderem as suas causas. A medicina terrena apesar de todo avanço em equipamentos aplicação de alta tecnologia, continua “caminhando sobre as águas”.

É imperativo que se reconheça que “embora os progressos, alcançados por companheiros da Ciência terrena, o homem não logrou alcançar o equacionamento dos problemas vivenciados que desafiam a inteligência de cientistas e sábios do mundo” (Gleber, pag15).

É sob a ótica espiritual ou espiritualista que os Médicos Espirituais como Joseph Gleber, Dr. Hanns, José Grosso ou Dr. Bezerra de Menezes, trabalham com equipes e através de Médiuns de Cura, procuram esclarecer os caminhos daqueles que procuram soluções para os seus males, através do conhecimento da Medicina Espiritual, que em nenhuma circunstância dispensa a medicina terrena.

O tratamento espiritual tem início com inúmeras orientações inclusive a necessidade de se trabalhar os sentimentos que quando em desalinho podem provocar os processos de adoecimento. Sentimentos como perdão, amor ao próximo acabam levando o paciente a descobrir em muitos casos a causa de suas enfermidades. O paciente é orientado iniciar a prática do “Evangelho do Lar”, prática espírita muito conhecida que consiste na leitura de passagens do evangelho em família, para manter em sintonia o lar e aqueles que ali habitam, e ainda, quando se percebe que a doença está vinculada a algum processo obsessivo, este, entra em tratamento específico, com ajuda de médiuns, muitas preces e orações sempre voltadas para as orientações dadas por Jesus, quando ele curava. Nos é dito, como era dito pelo Cristo, “vá e não peques mais”.

Entretanto, o doente é esclarecido que para obtenção de sua cura duas coisas são necessárias: não abandonar o tratamento iniciado pelo profissional que cuida de seu corpo físico, pois só ele pode prescrever e alterar sua medicação e sua alta é dada quando seguindo os passos orientados na Casa Espirita, o próprio Medico pode lhe dar alta.

Segundo lugar: a cura não se dá apenas, como acontece com a medicina terrena, quando, por exemplo, é identificado um pequeno tumor, se extirpa através de cirurgia e o paciente em muitos casos é dado como curado. O processo de cura espiritual envolve, mudança de comportamento e autoconhecimento, assim como, em alguns casos, a cura se inicia neste plano, mas só se conclui no mundo espiritual.

A título de exemplo, para melhor entendimento esta afirmativa, durante uma das pesquisas, uma paciente em estado terminal, com câncer, era levada toda semana para o tratamento. Ela já fazia uso de morfina, mas as dores permaneciam insuportáveis. Todos víamos quando ela chegava aos gritos, para receber assistência. Eu tinha a liberdade, dada pelo Médico Espiritual, para fazer as perguntas que achasse necessárias para os esclarecimentos a respeito do tratamento. Assim, perguntei em que o tratamento espiritual contribuía para sua melhora, uma vez que a paciente já havia sido desenganada pela medicina material. Sua resposta foi: podemos aplicar analgésicos que a medicina terrena não conhece e assim ela poderá chegar do outro lado com mais conforto para o término de seu tratamento. Realmente, ao sair da sala de atendimento ela saia sem dores e segundo as filhas que a acompanhavam, ela se sentia muito bem com o tratamento espiritual.

Existem algumas questões colocadas por pessoas que repudiam os tratamentos espirituais, de que “não temos o direito de intervir na doença que está no processo de reencarnação daquela pessoa”. Esta afirmativa não convence, uma vez que em muitos casos, o Médico Espiritual ao examinar cada paciente, quando acontece esses casos, ele mesmo diz, que naquele caso especifico, só será possível fazer com que o sofrimento seja aliviado. Por outro lado, por que negar assistência a um irmão? Ainda mais quando esse sofrimento deriva de uma patologia muitas vezes causada por um processo obsessivo, em que um simples passe, aplicado sem conhecimento específico, não é capaz de levar alivio do sofrimento.

Jesus não disse a seus discípulos que cuidassem de seu rebanho? Quando curava não disse várias vezes que os discípulos podiam fazer o que ele fazia e muito mais?
O tratamento espiritual, muitas vezes, é demorado, apresenta gradações que nós, muitas vezes, não conseguimos enxergar, mas em nenhum caso que eu, em 17 anos de pesquisa, deixou de apresentar resultados. Lembrando sempre o que foi dito por Jesus: Faça tua parte que eu te ajudarei. Nada cai do céu. Não existem milagres nem curas miraculosas. Tudo é explicado. Como última fase do tratamento, quando todas as outras práticas não deram resultado, se faz a intervenção no corpo perispiritual, ou matriz energética, e dessa forma o corpo físico mostra o resultado.

Na casa espírita, não há o objetivo de curar corpos, mas orientar almas com base nos ensinamentos de Jesus e, quando a cura acontece, é reflexo das intervenções feitas com responsabilidade, fé na Divindade Superior que é quem, de fato, promove as curas. Se não for para acontecer, lembremos ainda, “nada acontece sem a aprovação” dessa divindade que nós chamamos de Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, e de seu filho, o Cristo Jesus.

O tratamento espiritual realizado em poucas casas espiritas é conduzido por uma grande equipe de médiuns que estudam e se dedicam ao trabalho e, mais ainda, por uma grande equipe de médicos, técnicos e enfermeiros da Espiritualidade que se dedicam, juntamente com a medicina terrena, a fazer com que cada paciente que procura este tipo de tratamento se torne uma pessoa melhor, buscando o caminho do bem e, assim, recebem, por merecimento e por muita fé, a cura de seus males.

 

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