Tanto tempo de Brasil
Muita coisa não mudou
Quem aqui escravizou,
Explorou e perseguiu
Inda não evoluiu
Na conduta e entendimento
Vive em distanciamento
Daqueles que sequer notam
As elites não suportam
Os pobres no orçamento
Quem vive numa mansão
Jamais pensa no sem-teto
Quem tem um quarto completo
Não ver quem dorme no chão
Quem tem sempre refeição
Não liga pra alimento
Nem pensa por um momento
Em quem nem a si reportam
As elites não suportam
Os pobres no orçamento
Para essa burguesia
O Estado deve sumir
Para nunca garantir
Aí povo, cidadania
Levantam em demasia
Contra todo investimento
Que leve algum sustento
Por isso que sempre cortam
As elites não suportam
Os pobre no orçamento
Os ricos detestam ver
Que o filho do empregado
Não será subordinado
Ao seu filho, quando crescer
Eles lutam pra manter
Pobreza como fomento
De um viver agourento
E oprime os se revoltam
As elites não suportam
Os pobres no orçamento
Para a classe dos patrões
É um absurdo danado
Ver pobre matriculado
Na escola com refeições
Acessando às condições
Pra seu desenvolvimento
Desigualdade é tormento
Onde os patrões se confortam
As elites não suportam
Os pobres no orçamento