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As dificuldades e os desencantos da política

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Diante dos fatos evidenciados nas mudanças provocadas via Congresso Nacional na Lei Eleitoral e seus adendos, e com a centralização das decisões nas Instâncias partidárias na maioria dos partidos e com isso, ficando menos democrática as escolhas e arranjos nos municípios, levando-se em conta as particularidades e interesses envolvidos em cada localidade, tomamos como exemplos práticos os municípios de João Pessoa e Conde, onde as disputas entre os partidos estão sendo inviabilizados pelos donos das legendas de cima pra baixo, inexistindo a verdadeira disputa interna entre os seus militantes e filiados, primeiro pela fragilidade e necessidade do eleitor que se ver cada vez mais refém de um sistema, que tem cooptado e enfraquecido a nossa democracia quando quebra e impõe candidaturas, sempre interligados e condicionados a interesses das instâncias partidárias, sejam elas as Estaduais ou a Nacional dos partidos.

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A vinculação ao conjunto de partidos que tem formado a base de Governos Estaduais e Governo Federal, tem contaminado a escolha natural e necessária a autonomia dos municípios nessa formatação, o que acaba prejudicando a formação de novas lideranças, subjugadas aos interesses dos caciques partidários que sempre estarão numa proteção descabida nessa linhagem e sucessão de novas lideranças, com pensamentos divergentes aos interesses regionais e locais, em algumas situações chegando-se a formar um cartel de partidos(Embora com interesses contraditórios), negando-se o legítimo direito da disputa eleitoral.

Tudo isso acontecendo, a disputa acaba viciada aos interesses de legendas hegemônicas e Institucionalizadas, que somados a despolitização da maioria do povo(eleitores), todo o processo se torna de certa forma num jogo, mas de cartas marcadas, perdendo em certo sentido, a disputa mais representativa e a esperança de mudanças reais e efetivas, mais próxima da vontade popular. Então vem a parte mais difícil e complicada de todo o processo, a falta de perspectivas de mudanças, aumentando em algum momento o desinteresse na atividade política e o descrédito.

Pois o que deveria ser um processo natural de convergência de interesses da sociedade na busca do bem coletivo, se dissipa em outros interesses nada republicanos, se tornando um espaço de poder completamente manipulado e estigmatizado pelo capital, e com raríssimas exceções tem se conseguido romper essa bolha das incongruências.

Por outro lado, quando se consegue virar esse jogo, em alguns momentos as mudanças ocorridas sofrem novamente a insurgência do Capital e de interesses geopolíticos que começam a atuar minando através de outros poderes, utilizando-se da própria estrutura do Estado para desgastar e neutralizar algumas práticas, gerando insegurança jurídica até a quebra e descontinuidade de ações.

Me atrevo a comparar a atividade política à desportiva, onde o resultado de alguns eventos tem sido desvirtuados por interesses econômicos, e onde ambos tem sido influenciado decisivamente pelo mercado, investidores, patrocinadores, que vinculam a ajuda, à interesses transnacionais quebrando todo o regramento existente.

Deixo aqui um questionamento, de como mudar todo esse campo minado que se transformou a atividade pública, através da política?

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