O capital só avança
Destruindo tudo à frente
Perseguindo o consciente
Que se move por mudança
O império só alcança
Exito quando consome
Riquezas, bens e o nome
De quem vive explorado
A ficção do mercado
É o anúncio da fome
Contêineres da exportação
Levam pra outro país
O que faria feliz
Gente da nossa nação
Mas a escassez do pão
Lhe faz caro pra quem come
Gerando lucro pros ome
Que estão de bucho estufado
A ficção do mercado
É o anúncio da fome
É crime no capital
Falar em partilhar renda
Café, almoço e merenda
Pra pobre é algo imoral
Comida, escola, hospital
Faz com que o povo tome
Consciência de quem some
Com seus bens já conquistados
A ficção do mercado
É o anúncio da fome
Desemprego e carestia
Para a bolsa é grande feito
Diminuem os direitos
Como aposentadoria
Isso faz a burguesia
Ter mais do que já consome
Inventam um codinome
Para o negligenciado
A ficção do mercado
É o anúncio da fome
Menos direito é mais lucro
Falta pra um, outro sobra
Menos salário é a dobra
Pra bancar discurso chucro
Cavam imenso sepulcro
Pra que viveu sem renome
O “eles” vira pronome
Para marginalizados
A ficção do mercado
É o anúncio da fome
