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O trabalho no conceito Físico e Sociológico

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O trabalho faz parte da vida humana desde a sociedade primitiva. A evolução do seu modus operandis, exigiu uma nova conceituação para adaptá-lo à modernidade e em vista disso, além do conceito de trabalho consagrado pela física, foram incorporados à sua definição, algumas citações bíblicas e sociológicas para melhor compreendê-lo.
Em tempos passados, somente o esforço físico era levado em consideração e para que houvesse trabalho, era preciso o uso da força bruta, seguida de um deslocamento:

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“O conceito de trabalho é formado pelo elemento teológico que teve influência no ocidente greco-romano-helenista, chegando até os nossos dias. Como mostra o Livro do Gênesis (3, 17); depois de pecar o homem foi amaldiçoado, ficando condenado a extrair seu sustento do suor, do cansaço, do labor de seu trabalho: “comederes maledicta terra in opere tuo in laboribus comedes eam cunctis diebus vitae tuae.

A concepção de trabalho sempre esteve predominantemente ligada a uma visão negativa. Na Bíblia, Adão e Eva viveram felizes até que o “pecado” provocar sua expulsão do Paraíso e a condenação ao trabalho com o “suor do seu rosto”. À Eva coube também o “trabalho” do parto.

“O termo trabalho é originário do latim tripalium, que designa instrumento de tortura. Por extensão, significa aquilo que fatiga ou provoca dor. Na etimologia da palavra trabalho, ou tripalium), do Latim, um instrumento romano de tortura, espécie de tripé formado por três estacas cravadas no chão, onde eram supliciados os escravos. ” tri” (três) e ” palus” (pau) – literalmente, “três paus”. Daí o verbo tripaliare (ou trepaliare), que significava, inicialmente, torturar alguém no tripalium.

Será que trabalhar é uma condição essencial ao homem? Ou o homem só trabalha por necessidade e pela ameaça de extinção se não o fizer?

Em tempos mais modernos o planejamento foi introduzido como condição sine qua non para otimizar o rendimento da ação do trabalho e foi nessa ocasião que a sociologia o definiu de forma mais abrangente:

“O trabalho é qualquer atividade física ou intelectual, realizada pelo ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar, ou obter algo para realização pessoal e desenvolvimento econômico.”

Pela ótica do pensador que mais esmiunçou o mundo do trabalho, Karl Marx:

“O trabalhador deve produzir algo a mais, que é o lucro daquele que compra sua força de trabalho. Assim, reforça Marx que: A produção capitalista não é apenas produção de mercadorias, é essencialmente produção de mais-valia. O trabalhador produz não para si, mas para o capital.”

Enfim chegamos à conclusão de que, para produzir mercadoria serão necessárias duas coisas essenciais a saber: a matéria prima e a mão de obra. Jamais produziremos mesas sem madeira, panelas sem alumínio, artesanato sem cerâmica, casas sem tijolos, edifícios sem concreto. Para que tudo isso aconteça é preciso adicionar à matéria prima a mão de obra do trabalhador, que transformará o labor em mercadoria para gerar riqueza.

Em se tratando de dinheiro não é possível adicionar a ele à mão de obra para produzir nenhuma mercadoria, porque o dinheiro não é matéria prima.

Essa é a equação que o sistema financeiro tem que resolver para multiplicar o capital, se valendo de teorias diversas que têm como matriz principal o liberalismo econômico criado por Adam Smith e David Ricardo.

Para a economia liberal burguesa, o receituário de Smith é a liberdade total das ações macroeconômicas e financeiras, aquilo que os franceses chamavam de Laissez Faire, ou seja, deixe fazer, deixe passar, a mão invisível do mercado resolve.

As críticas feitas a esse modelo são idênticas as que são feitas ao liberalismo econômico. A linha marxista argumenta que a lógica do mercado oportuniza situações de injustiça e é uma fonte geradora de desigualdades sociais.

John Maynard Keynes considerava o liberalismo econômico uma ideologia apartada da realidade. Dizia ele:

“O liberalismo está errado porque não funciona. Poderia até ter sido útil no passado; no mundo do século XX, e principalmente com a perda da hegemonia britânica, deixara de sê-lo.”

Para Keynes, toda essa romaria que deifica o mercado, presente nos dias atuais, eram ilusórias e enganosas. Completava assim o seu pensamento sobre a questão:

“……verdades que haviam encantado gerações de economistas e conquistado políticos, empresários e tornado-se senso comum ao conquistar os não especialistas – “oferta de moeda causa inflação”, “o mercado tende ao auto equilíbrio”, “o Estado deve restringir-se à segurança e justiça”, “a poupança favorece o crescimento econômico”, “o juro é a remuneração pelo sacrifício da abstinência” – são postas em questão pela experiência.”

Keynes, que nunca foi comunista, (grifo nosso) rejeitava, portanto os argumentos dedutivos apriorísticos que maquiavam os pressupostos liberais.

É exatamente em torno desse ideário liberal ortodoxo que giram as discussões recentes entre membros da equipe de transição do futuro governo do presidente Lula e os agentes econômicos e financeiros representantes do capital, ferrenhos defensores do mercado.

Esse é o coro de defesa intransigente do ideário ultra neoliberal que defende incondicionalmente: a responsabilidade fiscal; o teto de gastos; o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos; a venda de ativos a qualquer preço, renunciando a nossa soberania; a nomeação imediata de um ministro da fazenda simpático ao mercado.

A carta dos economistas Pedro Malan, Edmar Bacha e Arminio Fraga, dirigida ao Presidente Lula, demonstra um excesso de zelo em favor do mercado em detrimento da indiferença à fome e a miséria do povo.

A Pedro Malan, ex ministro da fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso, é creditada a profissão de fé no tripé econômico apregoado por ele e que resume o pensamento liberal burguês. Vejamos:

O famoso tripé macroeconômico creditado ao engenheiro (engenheiro também pensa e estuda economia, grifo nosso) Pedro Malan consiste em:

Câmbio flutuante: operação de compra e venda de moedas que é definida pela lei da oferta e demanda, sem intervenção do Governo.

Metas fiscais: definição de metas com o intuito de evitar gastos excessivos e descontrolados com as contas do Governo.

Metas de inflação: definição de metas para evitar um aumento descontrolado nos preços dos produtos, evitando assim um grande impacto na economia.”

Enfim, o que pretendem os grupos econômicos e financeiros estafetas do mercado? Se imiscuir no governo que assume sem nenhuma legitimidade e com o fito de  pressioná-lo em defesa dos seus interesses? condenar mais da metade da população brasileira ao isolacionismo e à fome por obediência cega ao mercado?

A desfaçatez e a dissimulação desses grupos são escandalosamente ousadas e intoleráveis. Temos assistido um coro desafinado de jornalistas à serviço do establishment a “dar aulas diárias de economia” liberal burguesa, censurando as iniciativas do presidente Lula, defendendo os humores dos mercados.

Não é possível continuar assistindo calado a uma pregação mentirosa que estimula um assaque antinacional à economia do país, que visa tão somente aparelhar a economia em benefício da responsabilidade fiscal, em detrimento da responsabilidade social. O povo não suporta mais, Basta!

Consulta:
Trabalho, Realização e consumo – Disciplina – Sociologia (seed.pr.gov.br);

Fotografias:
ComoAgro abriu mais de 86 mil novos empregos até julho, diz CNA (canalrural.com.br);m.br);
Agro abriu mais de 86 mil novos empregos até julho, diz CNA (canalrural.com.br);
A evolução histórica das linhas de montagens de veículos – Jornal Brasil Mecânico (brasilmecanico.com.br);
https://www.loucoporviagens.com.br;
O Artesão de Si Próprio ~ Zerando Karma;
O valor do trabalho intelectual | Endeavor Brasil;

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