Desde o ano dois mil e dezenove
Late um cão no palácio do Planalto
Quis tomar a democracia de assalto
Com o discurso de ódio que promove
Vê direitos do povo e remove
Compra imóveis com rios de dinheiro
Condecora golpista desordeiro
Defende ditador e até exalta
Bolsonaro se vai sem deixar falta
Num alívio pro povo brasileiro
Vimos nossa panela esvaziar
Com o peço absurdo do alimento
Cidadãos sem emprego nem sustento
Assistiram o governo cortar
Recursos da farmácia popular,
De hospitais e escolas tão ligeiro
Fila de osso no Brasil inteiro
Investimento baixo e a fome alta
Bolsonaro se vai sem deixar falta
Num alívio pro povo brasileiro
Negador de Ciência e de vacina
Desdenhou da terrível pandemia
Vendo as milhares de mortes por dia
Brincou, riu e defendeu cloroquina
Pra comprar remédio pediu propina
Aos laboratórios estrangeiro
E sai pra passear com motoqueiro
Porque saúde nunca foi sua pauta
Bolsonaro se vai sem deixar falta
Num alívio pro povo brasileiro
Gritava ser contra a corrupção
Mas se amancebou com miliciano
Vive enriquecendo há trinta anos
Com dinheiro tirado da nação
Dinheiro vivo pra comprar mansão
Rachadinha, laranja e pistoleiro
Pós doutor no ofício de trambiqueiro
Se comporta igual menino peralta
Bolsonaro se vai sem deixar falta
Num alívio pro povo brasileiro
Desrespeita preto, pobre e mulher
Cospe ódio contra LGBTs
O garimpo ilegal só faz crescer
Porque desmatamento é o que ele quer
Perseguindo a quem se dispuser
A denunciar esse arruaceiro
Que mata mas diz que não é coveiro
Em seu discurso, a morte ressalta
Bolsonaro se vai sem deixar falta
Num alívio pro povo brasileiro