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Afinal, a produção de energia eólica é realmente “limpa”?

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O termo “energia limpa” é atualmente designado para indicar os sistemas de produção de energia renováveis que excluem qualquer tipo de poluição, principalmente por emissão de gases de efeito estufa como o gás carbônico (CO2), causadores das mudanças climáticas, por exemplo a energia solar e a energia eólica, por ser consideradas energias renováveis mais limpas, pois utilizam recursos inesgotáveis para gerar energia (luz solar e ventos, respectivamente), que possuem impacto ambiental mínimo e não emitem poluentes.

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São também exemplos de fontes renováveis a hídrica (energia da água dos rios), biomassa (energia de matéria orgânica), geotérmica (energia do interior da Terra) e oceânica (energia das marés e das ondas).

Sob o argumento da energia limpa, sendo, portanto, mais sustentável, nas últimas duas décadas, foram instalados na zona costeira do Nordeste cerca de oito mil torres para a geração de energia eólica, a maioria sem a previsão correta dos impactos, causando inúmeros danos ambientais, como desmatamento, interrupção na movimentação de dunas e da recarga dos lençóis freáticos.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEÓLICA), até junho de 2022 foram instalados 805 parques eólicos, dos quais 708, com 8.211 torres, foram instalados na região nordeste, gerando cerca de 50% do consumo de energia elétrica na região. E há a previsão desse número duplicar nos próximos cinco anos.

Impactos sociais, como por exemplo o bloqueio da acesso dos moradores da região às praias, secularmente utilizadas para a pesca e a recreação, superutilização das estradas, provocando sua rápida deterioração sem o competente conserto, risco de choques elétricos, esgotamento da água das cisternas, devido à falta de recarga dos aquíferos subterrâneos, provocada pelo desmatamento e a compactação do solo pelo trânsito intenso de máquinas pesadas, são comumente observados onde essas torres eólicas para a geração de energia.

Assim, para que a produção de energia eólica seja realmente considerada limpa, é necessário que as instalações sejam devidas e rigorosamente licenciadas, principalmente observando se há alternativas locacionais onde a instalação possa ser realizada com o menor impacto possível. Também é necessário observar se haverá conflitos sociais que dificultem a coexistência das torres eólicas e a população em torno dessas instalações. Além de que a população seja devidamente informada sobre os pontos positivos e negativos do empreendimento.

Outra coisa importante é analisar os impactos cumulativo quando há vários parques eólicos contíguos instalados na mesma região. Isoladamente e sendo rigorosamente licenciadas, até que as torres de geração de energia eólica podem ser consideradas limpas. Entretanto, quando instaladas em grande quantidade deve haver uma atenção redobrada dos órgãos licenciadores. Ademais, já está devidamente comprovado o impacto das pás dos aerogeradores em aves e morcegos.

Energia eólica versus águia dourada.

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