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Plantas medicinais utilizadas como repelentes contra os mosquitos transmissores das doenças: Dengue, Chikungunya e Zika

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No Brasil, doenças como Dengue, Chikungunya e Zika causadas por picadas de mosquitos são comuns, provocando surtos e epidemias em locais que não existem saneamento básico adequado, coleta seletiva de lixo e crescimento ordenado que facilite o controle dos vetores (DATASUS, 2008 apud RIBAS; CARREÑO, 2010). Uma das formas de prevenir essas doenças é a limpeza dos ambientes propícios para o desenvolvimento do mosquito e a utilização de repelentes.

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Entende-se por repelentes, substâncias utilizadas sobre a pele, roupas e superfícies que desviam a aproximação de insetos. A utilização reduz o risco de transmissão de doenças infecciosas e reações alérgicas resultantes da picada desses vetores.

Os repelentes químicos aplicados sobre a pele são os mais utilizados, no entanto, se usados de forma incorreta, ou seja, não respeitando o intervalo de aplicação e quantidade indicada, não garantem uma proteção apropriada e segura (RIBAS; CARREÑO, 2010).

Os repelentes tópicos podem ser sintéticos ou naturais. Repelentes sintéticos são os produzidos por meio de substâncias químicas em laboratórios. Já os naturais são obtidos a partir de plantas. Agem criando uma camada de vapor repulsiva para os insetos. Um bom repelente tem que ter as seguintes características: Eficácia por pelo menos 08 horas, repelir muitas espécies, ser resistente a água, ter pouco cheiro e ser atóxico (STEFANI et al, 2009). Os repelentes naturais têm sua ação conferida devido à composição química, principalmente a partir de seus óleos essenciais. Plantas como a citronela (Cymbopogon nardus), eucalipto (Eucalyptus citriodora), andiroba (Carapa guianensis Aubl.) e cravo-da-índia (Caryophyllus aromaticus L.) são bastante utilizadas na produção desses repelentes. Em sua maioria, são altamente voláteis e, por isso, tem um efeito de curta duração (STEFANI et al, 2009).

O óleo de citronela (Cymbopogon nardus) é bastante volátil, conferindo assim uma proteção reduzida e com variação de 20 minutos a duas horas, em concentrações de 5 a 100% (STEFANI et al, 2009). Sua ação repelente se deve a substâncias como o citronelol, o geraniol e o limoneno, presentes no óleo essencial (LORENZI; MATOS 2002). Em casos de exposição aos mosquitos, recomenda-se a sua aplicação em intervalos de uma hora (PERINI et al, 2011).

O óleo de eucalipto (Eucalyptus citriodora), em concentração de 30%, confere uma proteção de até cinco horas, sendo o mais indicado entre os óleos naturais (STEFANI et al, 2009).

O óleo da andiroba (Carapa guianensis Aubl.), possui nas sementes um alto teor de óleo e nele são encontrados triterpeno, do tipo limonoides, que possuem ação repelente para os insetos (AMBROZIN et al., 2006 apud ROSA et al, 2011), sendo um dos mais comercializados.

O cravo-da-índia (Caryophyllus aromaticus L.) é um dos mais utilizado na produção de repelente caseiro. De sua semente é extraído o ácido eugênico, a partir do qual se consegue obter um aroma ativo que protege contra a picada do mosquito (SÁNCHEZ et al, 2012).

Portanto, o uso de repelentes a base de plantas configura-se como uma medida acessível à população devido à facilidade de obtenção, produção, baixo custo e a efetividade de ação contra os mosquitos.

 

 

FONTE: Boletim Informativo do PET-Farmácia-UFPB Universidade Federal da Paraíba

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