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O que eu tenho a ver com isso?

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Caro leitor, a conversa de hoje pode parecer um pouco desagradável para uns e até mesmo fora de propósito para outros. A religião ou as religiões, ou o povo que conheceu e pretende viver os ensinamentos de jesus, não pode se tornar indiferente aos acontecimentos atuais. Há algum tempo tomei a decisão de não assistir televisão, principalmente noticiários, independente da emissora ou dos jornalistas que os informam. Tomei essa decisão não para me tornar alienada com a vida cotidiana do local e do mundo, mas simplesmente por não suportar mais ver tantas notícias que nos traz revolta principalmente pelo que está acontecendo com o nosso povo pobre, negros e mulheres e tantas minorias. Ou seja, os invisíveis de uma sociedade que, de um lado, conta com pessoas que se importam com a pobreza e o desalento de tantos, enquanto os poderes constituídos parece não veem aumentar a pobreza e o desemprego, levando tantos irmãos a viverem nas ruas, sem esperança de dias melhores.

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Hoje, por acaso, sentei em frente à TV, no horário dos noticiários matinais. Exatamente, como anteriormente, as notícias eram praticamente as mesmas, com um diferencial: A fome o desemprego, a pobreza aumenta assustadoramente. A notícia se referia a São Paulo, mas sem sombra de dúvida, a situação se reflete em todo Brasil. Diante de realidades como essas, não é possível passar despercebido a situação de nosso país. Quem me conhece sabe que evito discutir política partidária, até mesmo porque, diante do que já vivi e presenciei nos gabinetes do Poder, política partidária é um tema que não me atrai.

Mas nem mesmo Jesus suportou os mercadores no templo, e tomado pela força de justiça, os expulsou, não só por lá ser uma casa de orações, mas também, porque o povo estava sendo roubado. Trazendo o exemplo de Jesus e quem quiser se aprofundar um pouco mais no tema, pode procurar na Bíblia no Livro de Marcos, Capitulo 11:15, vai entender um pouco mais.

Um país da dimensão do Brasil, com a responsabilidade espiritual de ser A Pátria do Evangelho, com sua formação étnica que difere de todos os países do mundo. Convergiram pra cá pessoas de todos os credos, todas as religiões que, de forma geral, tem liberdade de se expressar e respeitar umas às outras. Um País que tem uma grande dívida com um povo trazido da África para serem escravizados, e mesmo 133 anos depois de sua “libertação” ainda é a população mais sofrida, mais esquecida e que os poderes constituídos ainda desprezam.

Um dos maiores países cristãos do mundo ainda coloca no poder pessoas que não pensam em diminuir as desigualdades sociais, nem na melhoria da vida de seu povo. Ao contrário, assistimos um congresso votar recursos para “O fundo partidário”, maior de que muitos orçamentos de países desenvolvidos. E o que mais revolta é que para formação desse Fundo, os recursos foram retirados da CIÊNCIA, e dos cuidados com os seres humanos mais vulneráveis.

A impressão que tenho é que estes homens e mulheres, não sabem que nossa saúde, nossa alimentação, nosso meio ambiente, e que com nossa vida sem ciência corremos o risco de morremos por doenças já superadas, mas que estão sendo negligenciada por uma causa sem mérito algum. Ah! Como é encantador, tirar da ciência a possibilidade de pesquisas voltadas à vida, inclusive desses homens do poder. Mas, é mais urgente, reservar dinheiro para as negociações dos votos, dos recursos que precisam ser distribuídos na véspera da eleição, durante a calada da noite, nas comunidades pobres, e carentes de tudo. Carentes de pão, de saúde, de moradia, de dignidade. Precisa-se de dinheiro para no dia da eleição ser distribuído em caixinha de fósforo, na cara dos fiscais eleitorais. Ninguém sabe, ninguém vê nada.

Mas é preciso ter dinheiro, porque muitos partidos, não tem em seus quadros, homens e mulheres que mostrem propostas dignas para o povo. E no dia das eleições, veremos serem eleitos pessoas que não se conhecem, nem tão pouco têm a capacidade de discutir propostas para melhoria de vida de nosso povo. Todos os partidos, irão oferecer ao povo: “melhorar a educação, a saúde, o calçamento das ruas, industrias para empregabilidade, dentre outras propostas tiradas de discursos feitos por grandes empresas de publicidade, pagas a peso de ouro. Ouro retirado com nosso suor.

As mulheres precisam entrar na política! Este discurso, é antigo. Será que algum leitor ou leitora lembra como foram preenchidos os quadros eleitorais com as mulheres nas últimas eleições?

De acordo com Pesquisa divulgada esta semana, em relação a 2019, ouve um aumento de 31% no número de pessoas vivendo nas ruas de São Paulo. A pesquisa, mostra ainda: o perfil dos homens e mulheres que vivem na rua de São Paulo é composto, em sua maioria, por homens em idade economicamente ativa, ou seja com média de idade de 41 anos; 78% deles são pretos ou pardos. Ou seja, os mesmos invisíveis que foram deixados a deriva com a libertação dos negros que foram escravizados, estes mesmos que contribuíram com a grande formação de nosso povo.

Por volta de 1995, eu fazia parte de um grupo de trabalho que envolvia representantes de todo Brasil, e, como forma de conhecermos a realidade de cada Estado, fazíamos reuniões trimestralmente, outras vezes, bimestralmente, em Estados diferentes. Finalmente, chegou a vez de irmos a Curitiba. Conhecemos o grande desenvolvimento da Capital governada à época por Jaime Lerme, conhecido nacionalmente pela sua administração. À noite, saímos para jantar em um pequeno restaurante onde se apresentava um jovem, com talento, voz e violão que nos impressionou a todos. Também nos impressionou a falta de calor humano.

Após cada apresentação, nosso grupo se destacava, principalmente os nordestinos, nortistas e alguns paulistas, que pela nossa forma alegre de ser, se aproximavam de nós em todas as atividades. Assim, começamos a mostrar nossa alegria e a nossa forma de ser. Iniciamos uma grande salva de palmas e, por isso, aquele ambiente frio e silencioso, se transformou em uma grande festa à moda nordestina. De vez em quando, chegava um “galego” enorme, com seu sotaque característico, perguntando “de onde vocês são?” À medida que falávamos, eles nos surpreendiam ao dizerem que tinham avós, pais, mães nordestinas, falavam tão baixinho, como se tivessem vergonha de se reconhecerem, como nós, miscigenados.

Falo dessas passagens de minha vida, para demonstrar que somos um povo só. E, como filhos de Deus, somos irmãos sim!

Precisamos nos reconhecermos como irmãos, não só pela cor, pelo sotaque, pela cultura, pelo local onde vivemos, mas precisamos neste momento, pensarmos urgentemente no Brasil, como um povo só. Muitos estão tirando do povo, pela forma de administrar e de legislar em causa própria. Contudo, só existe uma forma de nos redimirmos de nossos débitos, e olha, não são os débitos monetários não. São os débitos sociais, aquele recurso que você ao direcionar para o fundo partidário, tirando da saúde, da educação, da CIÊNCIA, pode fazer falta a um filho seu, a um neto seu, a você em outra encarnação. A Lei de Causa e Efeito é sempre cumprida. Todos nós seremos responsabilizados por todo mal que fizermos e por todo bem que não fizermos.

Se você for uma pessoa daquelas que acha, que votar em branco, não votar, votar por alguma razão escusa, você não tem nada a ver com o que está acontecendo, ou o que vier acontecer, você está enganado.

Tenho tudo a ver, com isso sim! E, ainda, para quem não conhece a Lei de Causa e Efeito, é a mesma Lei do Retorno, Karma… uma lei com tantos nomes conhecida em tantos lugares. Não quer dizer que se você matar alguém de fome, ele te matará de fome, mas você poderá, em uma outra encarnação, não ter o que comer. Nada passa despercebida aos olhos de Deus. Tome as rédeas de sua vida, agora. Não esqueça as palavras do Mestre Jesus! Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Ou seja, amar, sem esperar nada em troca. Se a lei do olho por olho tivesse prevalecido, éramos uma população de cegos. Pense nisso!

Peçamos a Deus que inspire os homes públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro, e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres, E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material (Emmanuel)

 

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