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João Pessoa

Pátria Amada

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Diante dos oráculos e dos céus, ora me pego a lembrar de um poema de Vinícius de Morais, Pátria Minha, e nas razões do sentimento do poeta, meu Brasil, ora vejo o que fazem contigo e tripudiam? Sinto na própria carne os estragos que perfazem nas tuas carnes, nos teus amores e sonhos, lá eles os fraudadores dos destinos. Dos tantos valores positivos de que a história testemunha, de tantas lutas e resistências que apresentas perante as contradições dos humanos que aqui aportaram, insisto em te querer cada vez mais, que não tens culpa dos que te maltratam, exploram, surrupiam. Porquanto, nunca esconderei de mim o quanto planejo de ver teus filhos felizes, livres da corrupção endêmica da raça, das perversões, dos desleixos de gerações que rasgam tuas leis, destroem tuas florestas, poluem teus rios e mares, prostituem tuas mulheres, aviltam a honra das famílias; que, há séculos, traficam tuas riquezas, ferem tua honra, a dignidade dos que mourejam ao sol e derramam lágrimas e suor ao teu desenvolvimento vilipendiado. Já chega de tamanhas rapinagens. Elevemos bem alto nossos louvores e tenhamos a firmeza na sincera honestidade que saldará os teus brios e promoverá a tua vocação de liberdade e grandeza.

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De certo que amarguro quando te desconsideram e criticam, a confundir os crápulas contigo. Promovem chalaças com as tuas cores de quanta beleza, e misturam os que te maltratam com o teu espírito varonil. Sacode meus brios saber que te violentam em proveito pessoal e de grupos escusos, interesseiros e perversos. Apesar das noites escuras, dia virá em toda a luminosidade dos trópicos, quando a soberana Justiça suprirá de bênçãos redentoras os que a ti querem libertar das invenções dos maus gestores e representantes e filhos ingratos, renegados. Pois bem maior há de triunfar, e hei de presenciar tamanha satisfação de viver, no coração, a pureza do meu País.

Há um Brasil vivo, pujante, na alma da tua gente, que sobreviverá a todo custo ao que ainda promovem de equívocos, e suprirá a solidão de muitos injustiçados, e oferecerá, sobranceiro, em festa, a esperança de que carece o mundo inteiro. Dentre os teus filhos existem, sim, heróis autênticos e fiéis, que sustentarão de fé e vontade os que te respeitam, Minha Pátria! E serás, enfim, livre e amada de multidões infinitas que também te amam na mesma intensidade.

Agora chamarei a amiga cotovia / E pedirei que peça ao rouxinol do dia / Que peça ao sabiá / Para levar-te presto este avigrama: / “Pátria minha, saudades de quem te ama… / Vinícius de Moraes.”

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