fbpx
25.1 C
João Pessoa
InícioPablo Queiroz LopesA Ascenção da profissão farmacêutica

A Ascenção da profissão farmacêutica

- PUBLICIDADE -

Há mais de 2600 anos, os chineses, já desenvolviam seus remédios, extraindo drogas de milhares de plantas para curar doenças. Os egípcios também preparavam seus medicamentos a partir de vegetais, sais de chumbo, cobre e ungüentos de banha de leão, hipopótamo, crocodilo e cobra há mais de 1500 anos.

- Publicidade -

Na Índia, os brâmanes desenvolveram remédios a partir de 600 tipos diferentes de plantas medicinais. E na Grécia, os processos de cura aconteciam no interior dos templos, onde eram pendurados os ex-votos dos doentes quando alcançavam a cura. Eram utilizadas para a cura as chamadas fórmulas mágicas e conjuros, procedimentos que hoje não fazem parte da rotina do farmacêutico.

E a evolução e o desenvolvimento da farmácia, como atividade diferenciada, só aconteceria na Alexandria, após um período de instabilidade marcado por guerras, epidemias e envenenamentos. A farmacologia ganhou grande impulso, principalmente no tratamento de soldados abatidos nos campos de batalha.

O apoticário, no início do século II, incrementaram as diversas fórmulas existentes para melhor atender às necessidades da época. E em Bagdá, Arábia Saudita, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia.

A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão.

A figura do apotecário ou boticário aparece nos conventos da França e Espanha, desempenhando o papel de médico e farmacêutico. Em 1777, Luis XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais.

Esta figura, imortalizada em muitos clássicos como em Romeu e Julieta, de Shakespeare, era considerada exímia conhecedora dos limites entre o remédio e o veneno. Para exercer essa profissão, deveria pertencer a uma família honrada, com boa situação econômica, conhecer o latim, ter boa redação e apresentar certidão de cristianismo e moralidade. Tinha ainda que cultivar as plantas utilizadas na preparação dos medicamentos e trabalhar sob a vista do público.

No Brasil, o surgimento da farmácia teve início com os Jesuítas, criadores das primeiras boticas, mas esse comércio se intensificou com a vinda da Família Real. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a Farmacopéia e a prescrição médica.

Em 1808, é fundada a primeira escola de medicina e farmácia no Brasil, com a chegada da Família Real portuguesa e em 1857 os comércios de boticas passam a ser conhecidos como farmácias após o decreto 2055, que permitiu que farmacêuticos e não habilitados pudessem continuar com a atividade de boticas no Brasil. O primeiro boticário no Brasil foi de Diogo de Castro, trazido de Portugal pelo governador geral, Thomé de Souza. Isso só aconteceu após a coroa portuguesa decretar que, no Brasil, o acesso ao medicamento só aconteceria se nas expedições portuguesas, francesas ou espanholas houvesse um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.

Em 1839, foi fundada a Escola de Farmácia de Ouro Preto (MG), primeiro estabelecimento de ensino farmacêutico do Brasil e da América.
O Curso de Farmácia da Paraíba foi criado em 17 de novembro de 1955, os farmacêuticos paraibanos fundaram a Associação Farmacêutica da Paraíba em cujo Estatuto constava a criação da Faculdade de Farmácia da Paraíba, tendo sua instalação ocorrida em 01 de maio de 1956. A Faculdade de Farmácia foi encampada pelo Governo do Estado da Paraíba em 29 de abril de 1960 e incorporada à Universidade Federal da Paraíba pela Lei nº 3.835 de 13 de dezembro de 1960.

A Regulamentação no Brasil como atividade profissional, sob a jurisdição do Conselho Federal de Farmácia, que regulamenta seu exercício, com base na Lei 3.820, desde sua assinatura em 11 de novembro de 1960, pelo Presidente Juscelino Kubitschek.

O famoso poeta Carlos Drumond de Andrade tinha como formação profissional o oficio de farmacêutico. Ele provavelmente idealizou, lá no inicio do seu caminhar uma forma de aplicar  os seus conhecimentos científicos  na dos males  que  afligissem a humanidade. Quando nele  despertou o magnifico poeta que o mundo conheceu, provavelmente ele combinou com a ciência que  ela curaria o corpo e a poesia dele  curaria a alma!

 

 

Fonte: https://www.oswaldocruz.br/

Relacionados

1 COMENTÁRIO

  1. A luta do fármaco contra a medicação alopática é muito desigual é só sabe o que a indústria farmacêutica faz para reduzir o fármaco e retirá-lo do caminho é quem parou um pouco para analisar os bastidores.
    A importância de abordar esse tema é inquestionável e o aprofundamento desse debate está apenas começando.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ajude o site João Vicente Machado

spot_img

Últimas

Almas divididas

123 semanas

Mais Lidas

123 semanas

Precisamos de um amigo

Uma dádiva chamada vida

Contemplação

error: Conteúdo Protegido!