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O agro negócio brasileiro sofre reflexo da inercia ambiental

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O governo federal tem ancorado toda sua pauta de exportação nas comodities, entre elas o chamado agro negócio e o petróleo bruto.

Com a cotação do dólar em alta e o mundo necessitando de alimentos de forma exponencial, os grandes produtores agrícolas tem dirigido sofregamente a sua produção para o atendimento ao mercado externo, mesmo à custa da explosão dos preços do arroz, do milho e da carne, tanto bovina, quanto suína, avícola ou os embutidos.

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No mesmo passo os sojicultores, cafeicultores, cacaueiros imbuídos do mesmo propósito, têm abarrotado os navios graneleiros com o seu produto e mandado para além mar.
Acontece que no mundo agrário o mote não é só exportar, pois com o desmonte da nossa indústria de transformação, todos os insumos agrícolas precisam ser importados.
Implementos, máquinas agrícolas, adubos e biocidas, sementes transgênicas entre outros, tudo é adquirido no mercado externo pois o brasil deixou de fábrica – los em nome do estado mínimo.

Se é verdade que o governo dá com uma mão, também é verdade que ele tira imediatamente com a outra, e adiciona ainda a esse cenário desfavorável, os crimes ambientais recorrentes que afastam os parceiros comerciais internacionais, todos eles signatários de tratados ambientais rigorosos.
Como represália têm ameaçado o país com a ruptura de contratos de exportação vigente, se negando até a assinar os próximos.

Não foi sem motivo que banqueiros economistas e produtores publicaram em 22/03/2021 uma carta aberta ao governo federal cobrando providências contra a crise sanitária, uma de suas fragilidades. O documento foi muito enfático e censurou publicamente o comportamento do governo federal, reclamando da leniência dos órgãos de governo para com as questões sanitárias e ambientais.

O brasil perdeu espaço na pauta de exportação de produtos advindos da indústria de transformação e pelo visto vai perder o galardão de grande produtor e exportador agropecuário, em que pese ter 40% da população abaixo da linha da pobreza. Ou seja, além de queda coice!

João Vicente Machado Sobrinho

 

Consulta:

lhttps://www.nexojornal.com.br/

G1

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