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InícioLuiz Célio RangelA MOÇA, OS MOÇOS, O SÁBIO E O BARQUEIRO

A MOÇA, OS MOÇOS, O SÁBIO E O BARQUEIRO

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Ouvi essa história contada por um ancião chinês, conferencista do XX Congresso Panamericano de Acupuntura Tradicional Chinesa (México-2019). As regras do congresso eram por demais rígidas. Não havia permissão para gravarmos as palestras, senão, apurássemos nossa memória de modo que pudéssemos guardar cada detalhe da narrativa, perderíamos alguns pormenores.

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Numa terra distante existia uma MOÇA muito rica e apaixonada (ao mesmo tempo) por dois rapazes. Cada um tinha suas características singulares, suas virtudes e naturalmente também possuíam defeitos. Mas havia uma particularidade: um deles era MUITO RICO e o outro MUITO POBRE.

O tempo foi passando e a Moça não conseguia chegar a uma definição de quem seria o escolhido.

Foi então que procurou um grande SÁBIO que morava no alto de uma colina e, relatando toda sua história, pediu-lhe um conselho. O Sábio pensou, pensou e lhe disse: “Não é que não queira ajudá-la, mas em questões particularmente pessoais e afetivas como essa, a melhor decisão será sempre a sua própria escolha, o seu próprio julgamento”. E completou: “Certamente você encontrará um detalhe, um pormenor entre os dois Moços, que poderá ajudá-la nessa definição”.

A Moça foi para casa muito pensativa; meditou e orou muito, chegando à conclusão de que o rapaz POBRE seria o escolhido.  E cuidou logo de partilhar sua decisão ao rapaz POBRE – um ribeirinho que morava perto de sua mansão, mas do outro lado de um grande rio.

A ansiedade foi crescendo no coração dessa Moça e ela decidiu encontrar o seu amor naquela mesma noite. Esqueci de dizer, quando isso aconteceu já passava da meia noite.

Ela saiu andando noite adentro, até que esbarrou às margens do rio. Se desejasse encontrar o seu amor, teria que atravessá-lo.

Caminhando um pouco mais, ela encontrou um BARQUEIRO que estava de plantão, à espera de transeuntes.

O BARQUEIRO era um homem de meia idade, um tanto egocêntrico e, lhe pareceu frio e calculista, pois fazia o preço da travessia do rio, conforme as circunstâncias e as condições financeiras dos contratantes.

Ela chegou ao barqueiro e disse:

– Senhor Barqueiro, preciso fazer a travessia desse rio o mais rápido possível, irei encontrar o meu amor que reside do lado de lá. Porém esse rio tem muita correnteza e águas profundas, sendo perigoso atravessá-lo a nado. Então gostaria de saber quanto o senhor cobraria para levar-me até o outro lado.

O barqueiro, sem rodeios, respondeu:

– Eu atravesso a Senhora agora e o preço será a transferência de todo o dinheiro que a Moça tiver em depósito ou aplicação nos bancos. Na verdade, uma fortuna!

Hesitante, a Moça Rica voltou a consultar o Sábio sobre o que deveria fazer. Então contou a ele toda história e o orçamento apresentado pelo Barqueiro. Mas o sábio não abriu a boca, apenas a ouviu e se recolheu para meditar.

Guiada pelo seu coração, a Moça decidiu pagar o preço cobrado e fez uma transferência eletrônica de todo o dinheiro que possuía para a conta bancária do Barqueiro, ansiosa para encontrar seu grande amor.

Chegando lá, foi logo dizendo ao Moço Pobre:

– Amor, transferi todo meu dinheiro disponível em minhas contas bancárias ao Barqueiro para que ele me atravessasse o rio, uma grande prova do meu amor, para dizer que te amo e quero ficar com você!

Então disse o Moço Pobre a ela:

– Como assim? Agora você é pobre como eu? Deus me livre! Não quero saber de nenhuma pessoa pobre. Basta eu!

Decepcionada, ela voltou para a ilha e considerou o grande amor que o Moço Rico sentia por ela e lhe disse:

– Vendi tudo que tinha para encontrar-me com o Moço Pobre, mas ele não quis saber de mim, então resolvi considerar o seu amor. Você ainda quer namorar comigo?

Disse ele:

– De jeito nenhum! Você está me procurando em segundo plano, por falta de opção, sendo assim, eu também não lhe quero.

Assim termina essa narrativa alegórica. Nela existem cinco personagens: a MOÇA, o Rapaz POBRE, o Rapaz RICO, o SÁBIO e o BARQUEIRO. 

E como disse o poeta Carlos Drummond: “Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir para todos nós com toda serenidade, de dentro para fora, com muita emoção e prazer.

Cada um assume uma atitude perante essa história.

PERGUNTA-SE:

Quem você acha que agiu mais corretamente?

Na sua forma de entender, ordene qual dos personagens foi o mais correto em sua atitude. Vá ordenando até colocar o último personagem em 5º lugar.

COMO ORDENAR OS PERSONAGENS:

1º O mais correto de todos.

2º O segundo mais correto.

3º O terceiro mais correto.

4º O quarto mais correto.

5º O quinto mais correto.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Revisão de Texto Nilma Lima

►Click no link abaixo para conhecer o significado dos personagens dessa narrativa alegórica.

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