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Uma Reflexão sob a Ótica dos Sentimentos – IV – A RAIVA

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A cada semana vamos nos aprofundando um pouco mais no estudo de nossas emoções, e, ao conhece-las, temos o objetivo de que cada sentimento aqui apresentado possa contribuir para o nosso bem-estar físico, mental e espiritual. Sim, espiritual porque é a partir do conhecimento de como os sentimentos e emoções interferem em nosso equilíbrio psíquico e em nossa matriz energética – o períspirito – que as enfermidades refletem no corpo físico.  Em nossa reflexão anterior, falamos sobre o medo. Mas já parou para pensar que antes de sentimos raiva, somos envolvidos por um profundo sentimos de medo? Já conhecendo esse sentimento, vamos adentrar em outro muito nocivo a nossa saúde: A raiva

Para a compreensão de como a raiva interfere em nossa matriz energética, períspirito e ainda chamado corpo espiritual, se faz necessários saber um pouco mais sobre esse corpo. Joseph Gleber , Médico Espiritual que muito tem contribuído para o conhecimento de nossos corpos, nos esclarece que o corpo espiritual é a organização definitiva, sem tempo de duração e levando em consideração nossa cronologia, não encontra fim, pois sua natureza escapa à ação destruidora do tempo nas inúmeras reações do meio físico.  Toda organização do períspirito é organizada como suas contrapartes físicas, estruturando cada célula, cada órgão e cada sistema existente no corpo físico, de acordo com a matriz original que é ele mesmo. Ou seja, ele é a matriz do nosso corpo físico. Enquanto encarnado é o períspirito o fator de equilíbrio vital responsável pela junção molecular e a manutenção da forma corpórea no mundo físico.

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Trazemos essas explicações para que possamos compreender um pouco mais a real interferência dos sentimentos na saúde, e assim, não deixar parecer que é apenas colocações vagas e sem sentido.

De todas as emoções com as quais nascemos, a raiva é a mais primitiva e mais difícil de controlar. Não importa se essa raiva tem muita ou pouca intensidade, mas sentimos que ela gera ansiedade, nos colocando em defensiva, nos tornando agressivos contra outra pessoa. A raiva surge como uma reação de fuga que todos experimentamos, é muito comum respondermos à raiva com irritação – que é a maneira como a maioria dos cérebros é projetada para reagir. Do ponto de vista fisiológico os Drs.  Newberg e Waldman,  neurocientistas, nos esclarecem: “A raiva interrompe o funcionamento de lobo frontal. A pessoa não apenas perde a capacidade de ser racional, mas perde também a consciência de que está agindo de modo irracional. Quando seu lobo frontal desliga, torna-se impossível ouvir as outras pessoas, sentir empatia ou compaixão”. Só por esta explicação, já podemos compreender a causa de tantos crimes passionais, ou por exemplo, reações de pura estupidez que acontecem quando estamos no trânsito. A pessoa quando se encontra com seu lobo frontal “desligado”, sente que está certa e que seu sentimento é justificado e o processo de comunicação se perde. A raiva libera uma cascata de substancias neuroquímicas que de fato destroem as áreas do cérebro que controlam as reações emocionais.

É necessário muito treinamento e perseverança para responder a raiva com gentileza. A nossa fragilidade humana e nossos diferentes níveis de consciência, ainda em processo de formação do nosso ser, que só serão alcançados ao longo de nossa evolução espiritual, ainda nos trazem conflitos e não entendimentos de quem realmente somos. Por isso a raiva ainda é fator de constantes conflitos e, se forem duradouros, enraízam-se no psiquismo, muitas vezes adquirindo expressões patológicas que necessitam de terapias específicas para serem erradicadas.

As descargas de adrenalina em nossa corrente sanguínea, provocadas pela raiva alteram nosso equilíbrio orgânico e, sobretudo, o emocional. Para nosso consolo, Joanna de Ângelis com seu amor fraternal nos aconselha:

Ninguém deve envergonhar-se ou conflitar-se por ser vítima da raiva, fenômeno perfeitamente normal no transito humano. O que se deve evitar são o escamoteamento dela, pela dissimulação, mantendo-a intacta; o desdobramento dos seus prejuízos pelo remoer do fator que a gerou; a autocompaixão, por sentir-se injustiçado; o desejo  de revide mediante a agressividade ou acompanhando o deperecer, o sofrimento do antagonista.

A raiva tem suas causas em conflitos não resolvidos, que foram se acumulando em nosso subconsciente, muitas vezes, desde a infância, e, aparece em consequência de alguma vibração que nos remete às lembranças arquivadas. Chamo isso de chaves que abrem nossos arquivos, tão profundos que nem sequer sabíamos de sua existência. A raiva se instala com mais facilidade em pessoas que perderam a autoestima, desenvolvendo uma imagem a qual se projetam e não pelo valor de si mesmas. Quando isso acontece, crescem a insegurança interior e a necessidade do apoio alheio. Se tornam instáveis, porque em conflito, não racionalizam as ocorrências desagradáveis, preferindo reagir, de forma que não se conheça sua autenticidade.

Além dos sintomas já descritos pelos neurocientistas, Joanna de Ângelis destaca a indigestão, diarreia, acidez, disritmia, inapetência ou glutoneria – como auto compensação como “sintomas” da raiva. No emocional, nervosismo, amargura, ansiedade e depressão. A raiva ingerida a contragosto e não trabalhada desde a infância, em razão de métodos castradores da educação, ou agressividade do meio em que vive, ou necessidades sócio econômicas, pode desencadear tumores malignos e outros graves efeitos no organismo, com alterações de conduta.

Inúmeras pesquisas apontam prejuízos ocasionados pela raiva. Já é bastante conhecido que os níveis elevados de adrenalina e cortisol prejudicam artérias e músculos do coração, além de influenciar na regularidade da sua pulsação.  As reações provenientes da raiva, fazem subir a pressão arterial e, mais do que se supunha, tendem a endurecer e degenerar as artérias mais rapidamente do que em pessoas calmas.

Diante da raiva, se faz necessário a busca do antídoto equivalente para liberar-se. Não podemos deixar a raiva se transformar em ressentimento, por ficar arquivada intacta à espera do desforço. Não adianta o perdão aparente, mas a sua total eliminação. Não devemos esquecer que Jesus nos propôs o perdão das ofensas. Ele como Médico dos Médicos sabia o que estava dizendo.

O homem precisa se tornar urgentemente o ser consciente de si mesmo. O quanto mais concentrarmos em nossos valores internos, maior controle teremos sobre a nossa vida, consequentemente sobre nosso bem-estar físico e espiritual.

 

 

 

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