A Nova Guerra da Vacina

                                                                                                        

 Por: João Vicente Machado

A virose por definição, “é uma infecção provocada por algum tipo de vírus, que afeta o sistema imunológico do paciente afetado”. O melhor exemplo de virose é a nossa velha conhecida de longos tempos: a  gripe ou influenza.

  Não é nossa pretensão entrar novamente no mérito da questão, quer seja por falta de afinidade com temas relativos à saúde, ou por já ter discorrido várias vezes neste mesmo espaço sobre o mesmo mote, em função do surgimento  de um personagem novo, o covid-19. (vide  artigos publicados  neste mesmo sitio sobre o tema. Desde 07/02/2020, até 10/09/2020, foram oito artigos sobre o covid-19)

Hoje iremos nos ater à vacina tão esperada pela humanidade e já previamente escorraçada por Bolsonaro, irritado pelo fato da vacina  “ser chinesa e comunista”. 

Bolsonaro passou todo tempo da pandemia que ainda está em curso, fazendo lambanças diversas e debochando sobre a doença, trocando de ministro da saúde como quem troca de roupas, numa descontinuidade perniciosa e prejudicial ao serviço público.

  Existe duas formas de conter a propagação das pandemias: o isolamento para quebrar a corrente de contágio  e a vacinação em massa para imunizar a população. 

  No primeiro deles e  no que concerne ao isolamento, visando não sacrificar a economia, há a real necessidade da presença do estado no processo, para bancar o prejuízo decorrente da manutenção de um rigoroso isolamento para quebrar a corrente de propagação e controlar o contágio, sem maiores sequelas econômicas, iniciativa que desde o inicio não conta com a simpatia, o endosso e o  engajamento do Ministério da Economia, alegando falta  de recursos, pois  só tem olhos para o superávit primário e o sagrado dinheirinho destinado à  banca internacional.

  O segundo passo será desenvolver com tecnologia própria ou importada, a vacina salvadora para a imunização vacinal em massa, afastando o perigo do contágio.

  Essa solução, ou qualquer outra que envolva dispêndio orçamentário tem a resistência de Paulo Guedes, que manhosamente se aproveita do proselitismo e das bravatas de Bolsonaro, para “se abraçar com ele, rolar com ele e colocar a granada no bolso do trabalhador”. (clique aqui)https://youtu.be/jB-_353AN0o

  A decisão de Bolsonaro de desqualificar publicamente um centro de pesquisas renomado como o Instituto Butantã, usado por ele como catapulta para atingir os chineses, que estavam produzindo em consórcio com o Butantã uma vacina que está pronta para ser usada e cujo contrato de fornecimento do primeiro lote firmado com o Ministério da Saúde o presidente mandou cancelar, pelo simples fato de ser uma “uma vacina comunista sem certificação.”

  Independente da pinimba dele com João Dória Jr, que em consórcio com um grupo Chinês produziu a vacina, a atitude foi grotesca, cruel, irresponsável, e indigna de um chefe de estado minimamente comprometido com a saúde da  nação que comanda.

  Ora, qual foi a certificação técnica observada por Bolsonaro para  impor à rede hospitalar a adoção da Hidroxicloroquina e Ivermectina como panaceia para cura do covid-19?

  Com absoluta certeza, nem ele nem qualquer bolsominion acometido da Síndrome de Estocolmo saberá responder! 

  Talvez tenhamos chegado ao fundo do poço, onde para baixo não é mais possível e sim e apenas para a garganta do poço como diria Zé Ramalho.(clique aqui)https://youtu.be/R1hNBs9Demg

    Quanto às sequelas nas relações com a China, maior parceiro comercial do Brasil, nos reportaremos depois, a menos que Bolsonaro dê uma ré pra trás como é de seu hábito.

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