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Que o governo Bolsonaro não tem compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade, isso todos nós sabemos. O que alguns talvez não saibam é avaliar a intensidade, a magnitude do impacto ambiental que a insanidade desse governo vem provocando com a sua ação devastadora.
Os números são alarmantes, crescentes e as agressões ambientais se repetem com muita frequência e muita intensidade em biomas diversos, rasgando todas as leis e normas ambientais vigentes, além dos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Esses fatos abomináveis trarão com certeza muitas represálias internacionais, alem de consequências danosas à pauta de exportações de commodities, segmento que vem sendo o carro chefe do nosso comércio internacional, segundo as declarações in off de representantes do próprio agronegócio, um segmento que apoiou Bolsonaro em primeira hora, sendo portanto insuspeito.
Os assentamentos da agricultura familiar, as aldeias indígenas, os agrupamentos de quilombolas, as pequenas propriedades rurais da agricultura familiar, nada disso tem escapado à sanha do governo, sob a égide do ministro do meio ambiente Ricardo Salles.
As ações dos órgãos de governo que cuidam do meio ambiente, tais como: o órgão que faz o prognóstico climático, como é o caso do INPE; os órgãos de fiscalização tais como o IBAMA, o ICM Bio e o projeto TAMAR, todos têm sido cerceadas e todos eles estão encurralados e impotentes, sem poder exercer o seu ofício que é fazer cumprir a legislação ambiental vigente, alem de exercer o necessário papel fiscalizador.
Em reunião ministerial do dia 23/05/2020, o próprio Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que no inicio da sua desastrada gestão à frente do ministério havia quebrado até a paridade de representação no Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, manifestou-se como forma de censurar publicamente as vozes contrárias às agressões com assento naquele conselho. Declarou ele textualmente: “Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID e ir passando a boiada e mudando todo regramento e simplificando normas. De IPHAN, de ministério da Agricultura, de Ministério de Meio Ambiente, de Ministério disso, de Ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços para dar de baciada e simplificação, é de regulatório que nós precisamos, em todos os aspectos.”(sic)
Precisamos dizer mais alguma coisa para entendermos que estamos diante de profissionais cujo compromisso único é com representantes de grupos econômicos ávidos por desregulamentação e por lucro fácil, como é o caso dos mineradores, dos agropecuaristas, das madeireiras etc. ?
Um link que circulou nas redes sociais que postaremos no final, nos traz depoimentos aflitos e preocupantes de personagens diretamente atingidos, pela grande devastação que vem sendo promovida simultaneamente em todos os biomas do país, desde a floresta amazônica, passando pelo pantanal, pela mata atlântica e pelo bioma da caatinga, matéria que foi corroborada por uma reportagem do globo rural, edição do dia 07/05/2020.
As queimadas que assistimos na Amazônia e no pantanal nos passam a forte impressão de incêndios propositados, cujo objetivo é abrir caminho à monocultura da soja, à mineração devastadora e à pecuária de corte, que estão devastando numa velocidade alucinante áreas cada vez maiores, sem nenhum respeito a quaisquer preceito ou normas legais. Isso nos leva a crer que se esse processo criminoso não for detido, depois desse governo nada mais restará. É aquela máxima nazista: “depois de mim o dilúvio!”
Vídeo: produção Kalungas do Cerrado
Criador: Dida Sampaio | Crédito: Estadão Conteúdo
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Informação extraída do IPTC Photo Metadata.
A Gazeta do vale do Araguaia.
Desmatamento