Tanto tempo de Brasil Muita coisa não mudou Quem aqui escravizou, Explorou e perseguiu Inda não evoluiu Na conduta e entendimento Vive em distanciamento Daqueles que sequer notam As elites
Tanto tempo de Brasil Muita coisa não mudou Quem aqui escravizou, Explorou e perseguiu Inda não evoluiu Na conduta e entendimento Vive em distanciamento Daqueles que sequer notam As elites
Só aparece doença Com exame e com consulta Só é rinha com disputa Sem lista, não tem presença Só tem crime se a sentença Aparecer sem bobeira Só aparece fogueira
Depois que saem do morro Os homi deixam pra trás Muitos inocentes mortos Muito sangue e zero paz Adornados com fuzis Ceifam vidas infantis Que pra eles são banais E
Dizem que tarda e não falha A verdade um dia vem Pondo em seu lugar quem Cria a mentira e espalha A corja que atrapalha E que sempre conspirou Mentiu,
Tem saberes nessa vida Que causa espanto medonho Que entendo muito pouco Mas mesmo assim me proponho A entender o jogador De bicho, o apontador Tentando adivinhar sonho O jogador
Me movo sempre pra frente Sem esquecer do passado Que dos dois, o resultado É o fatídico presente Volto pra ver minha gente As crianças, os idosos Os caminhos pedregosos
Imagino o roteirista Da história brasileira Sorrindo a cada nuance Que ocorre de tal maneira Carregada de ironia A coisa muda num dia Que parece brincadeira Um dia vc é
O poeta e cordelista Bodão Ferreira já não precisa mais de apresentações e o melhor a fazer é ler seus escritos: Que me conserve a memória E uma hábil
Eu, enquanto nordestino Talvez esteja mudado Ou quem foi modificado Foi o festejo junino O floreio genuíno De identificação Que imprimia o sertão Teve queda e eu notei Eu não
São João virou enfeite E é pesado dizer isso De vez em quando se afirma E é sempre um rebuliço Foi tudo alegorizando E a gente presenciando Uma cultura em