
Por: Emerson Monteiro;
Vem deles, dos sentimentos acumulados. Desde as mínimas atitudes inesperadas de muitas civilizações. Pergaminhos que ficaram grudados na memória e agora falam disto. Ver-se de dentro e observar o tempo lá de fora, suas inúmeras histórias e os transes acumulados pela Eternidade na pele desse abismo. Isto na face de todos, cativos e senhores, muares e leoninos. Espraiados pelo extenso deste chão, observam em volta e decodificam à sua maneira o mistério das vidas. Descem e sobem os tronos. Vadeiam pelas ruas e praças. Juntam milhas e metais, sempre afeitos aos antigos desejos da humana presença. Nisto, transcorrem as gerações, o que, inclusive, bem poderia denominar esta fala, as gerações.
Contudo, na mesma força de querer, resta o poder dalguns criar a própria sina através dos espaços entre seus dedos. Viajam o mar da sorte e, por vezes, apenas aceitam descobrir outros destinos nascidos de dentro deles mesmos, dessas criaturas exóticas. Sem mais, nem menos, dentro em breve o inesperado sujeita guiar as intenções de paz em películas cheias de surpresas, porém quase nunca ao gosto das pessoas envolvidas.

Esta a realidade que predomina nos dias atuais. Superpõem palavras invés de argumentos e esquecem do que lhes dera origem. Tais autômatos sujeitos a ser deles instrumentos. A força das matemáticas portanto corresponde ao tão sonhado progresso destes pequenos seres. Foram muitas lendas a circular as mentes que geraram o estado momentâneo de expectativa, no entanto.
Quer-se compreender, por isso, a distância infinita dos sonhos e possibilitar as novas definições do discernimento. Mergulhar nas águas turvas do inigualável e desvendar as portas dos sentidos feitos meros joguetes de mágicos discernimentos. São marcas e marcas deixadas no lombo dos paquidermes hoje só donatários das tantas capitanias, autores dos variados trilhos dessa jornada incomum. No roteiro das possibilidades, então, seguem-se os passos dos que aqui passaram nos inícios, sobreviventes dos períodos geológicos e das camadas superpostas da fama e dos argumentos. As razões desses invernos seguem, pois, preenchidas de antigas hipóteses inscritas no tempo.

Trilha sugerida: “O Tempo Não Pára” — Cazuza (para acompanhar a leitura de “Mundo Virtual”)
 
				 




