A política é a arte do Diálogo. Já foi, hoje é a arte de extrair vantagens e trair, não existe mais diálogo em torno da convergência de ideias e ações plurais, os interesses estão unicamente voltados para outras necessidades particulares fora do contexto e benefício da coletividade, os acordos giram em torno da garantia do lucro fácil e exorbitante do sistema capitalista, da exploração desmedida e as vezes hedionda, um conluio formado pelo capital para garantir a exploração, a continuidade das vantagens.
A outrora casa do povo, transformada num bunker, no reduto das aleivosias, numa casa de negociação de acordos espúrios, com a garantia e legitimação do poder que representaria a nação, povo e estado, numa tolerância que garanta poder e dinheiro às elites, que acalente e cozinhe no fogo brando um povo carente e sedento de ações transformadoras, que de tempos em tempos, são agraciados com alguns mimos e logo são tomados de assalto por sucessivos golpes, recorrentes em democracias frágeis.
O poder existente no regime democrático continua sendo a do povo, mas num universo minimamente esclarecido, com plena consciência cidadã, longe dos currais eleitorais que povoam nações em desenvolvimento e que dificultam os avanços sociais, sob o cabresto de uma elite ainda viciada no arreio histórico de 300 anos de escravatura, onde a escravidão foi abolida nas leis, atendendo uma necessidade mundial em defesa dos direitos humanos e universais, mas que, na realidade nunca deixou de existir sobre os formatos de dependência histórica, numa eterna luta dialética com pensamentos sociológicos, filosóficos e antropológicos, em contradição com o modelo vigente em algumas partes do mundo.
Sempre com o mesmo discurso de se acabar com a corrupção, com o comunismo, marajás, os pretextos e chavões são emblemáticos e apelativos, a maioria deles representam exatamente o mote, sempre com o apoio da mídia e de setores conservadores, parte de igrejas que não representam um pensamento claro e condizente com a situação de cristãos, empresariais (trustes), e com apoio de atores internacionais, interessados na continuidade do Estado colônia, dependente e totalmente atrelados aos interesses hegemônicos de alguns países.
A dificuldade persiste em outro patamar, sempre de natureza política inviabilizando o crescimento sustentável e a preservação da nossa soberania, num modelo perverso que exclui do cardápio os benefícios sociais dentro da Educação, Saúde e Assistência Social, todos previstos em Lei, sobrepondo o interesse financeiro alimentando a ociosidade do Capital que remunera as elites financeiras, sem levar bem estar social e qualidade de vida a nação como um todo, sempre reproduzindo a máxima inverdade, que para produzir benefícios para o conjunto maior da sociedade, é preciso primeiro crescer.
Nada mais falso, essa premissa não verdadeira, todos sabem que o maior indutor de desenvolvimento no mundo é Estado.
Ele é o catalisador dos investimentos, fazendo a roda da economia movimentar e gerar demandas e necessidades em toda a cadeia produtiva.
O país está refém de um Congresso Nacional vendido e sem compromisso com a liberdade, e de mais mãos dadas com obscurantismo..