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O Novo Mapa Eleitoral do Brasil

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A policromia do mapa político e administrativo que emergiu das urnas em 02 de outubro de 2022, revela um novo cenário de governança que vai se desenhando para os próximos quatro anos. Mostra em destaque, a coloração partidária dos eleitos em todas as unidades federativas, espalhadas pelo território nacional.

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O mapa não é representativo de um cenário eleitoral final, haja vista a realização do segundo turno das eleições que estão programadas para 30 de outubro próximo. Encerrado o processo em definitivo, o pincel político retocará a tela com a coloração que emergirá das urnas, definindo o colorido do novo mapa político/administrativo que valerá pelos próximos quatro anos.

É verdade que o carro chefe do segundo turno e o que desperta o maior interesse de todo Brasil, será a eleição para preenchimento do cargo de Presidente da República. Isso não implica em nenhum demérito às eleições estaduais, pois afinal de contas é nos estados e nos municípios que vivem os cidadãos e é onde as políticas públicas se materializam.

No primeiro turno aconteceram eleições nos 26 estados da federação, além do distrito federal. Nessas unidades federativas, alguns mandatos foram renovados através de reeleição, enquanto outros, foram preenchidos por novos postulantes eleitos. Todos tomarão posse em 1° de janeiro de 2023 e governarão pelos próximos quatro anos.

A disputa para governador acontecerá no segundo turno em 12 unidades da federação e dos nove estados do Nordeste, cinco realizarão eleições em segundo turno. São eles: Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Paraíba.

No Sudeste haverá segundo turno em dois estados da região, São Paulo e Espírito Santo, e na região sul em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. As duas regiões citadas, abrigam os bolsões mais expressivos do conservadorismo nacional.

No Norte as eleições acontecerão em Rondônia e no Amazonas e finalmente no Centro Oeste apenas no estado do Mato Grosso do Sul, o endereço mais expressivo do agronegócio, e local de nascimento das senadoras Simone Tebet e Soraya Thronicke,  no dizer dela própria a onça marruá do Pantanal.

A essas alturas é muito pertinente ressaltar o fracasso (seria apenas fracasso?) das pesquisas eleitorais. Elas erraram de forma grosseira e tiveram reflexos diretos no resultado, provocando a euforia desaconselhável do já ganhou. Senão vejamos:

Se analisarmos as pesquisas eleitorais realizadas antes do pleito em todas as regiões, iremos constatar que o presidente Jair Bolsonaro venceria na região Sul: 44,1% x 32,1% e na região centro oeste: 45,6% x 32,9%.
Por sua vez Lula venceria nas três regiões restantes, começando pela região norte com 42% x 38,2%; na região sudeste, 40,2% x 32,9%; e na região nordeste: 59% x 24,8%.
Após a divulgação dos resultados, constatamos que a única região onde os números corresponderam ao prognóstico das pesquisas foi a “amaldiçoada região nordeste”.

O caso de São Paulo foi emblemático pois, segundo a pesquisa do IPEC divulgada em 27/09/2022, os números apontavam para uma vitória de Lula por 44% a 33% e não foi isso o que aconteceu na prática.

De fato, Lula venceu na capital paulista por uma margem mínima, enquanto Bolsonaro venceu no interior do estado com uma margem mais elástica que acabou engolindo (terá engolido?) a votação da capital. Por outro lado, é preciso recordar que desde 2002 o PT não vencia em São Paulo que é a sede nacional do ódio, do preconceito e do rancor ao nordestino a Lula e ao PT.

No entanto, se olharmos para o desempenho individual dos concorrentes no primeiro turno, há um aspecto numérico relevante.

Ora, as pesquisas antes do último debate, mostravam Lula com 48%; Bolsonaro com 36%; Ciro Gomes com 8% e Simone Tebet com 6%. Os votos dados a Ciro Gomes, adicionados aos de Simone Tebet totalizavam 14%.

Apuradas as urnas, o resultado da votação mostrou Lula com os mesmos 48%, intactos; Bolsonaro que obtivera 36%, engordou para 43%; Ciro Gomes que obtivera 8%, emagreceu para 3%; Simone Tebet, dos 6% previsto emagreceu para 4%;

Ciro e Simone juntos obtiveram 3%+4%= 7% dos votos. Se esses 7% forem adicionados aos 36% previstos para Bolsonaro antes da eleição, resultará exatamente nos 43% que ele recebeu das urnas, num encaixe perfeito e sem retoque, ou seja: 36% + 7% = 43%. Ponto.

Há perguntas que não querem nem podem calar:
. Poderemos creditar o crescimento repentino de Bolsonaro, apenas ao bombardeio armado contra Lula no debate da quinta feira, 29 de setembro de 2022?
. Terá sido a bateria de ataques o motivo central da transferência de votos úteis de Ciro Gomes e de Simone Tebet para Bolsonaro em apenas três dias?
. Teriam as pesquisas poupado Lula do emagrecimento em benefício do crescimento repentino de Bolsonaro, ou teria ocorrido as duas coisas simultaneamente? Mistéeeerio?

Não nos julguemos prévia e antecipadamente derrotados, porque na verdade não o fomos.

Se fizermos um balanço rápido na distribuição de cadeiras, o PT evoluiu de 54 para 80 cadeiras na Câmara Federal e 07 cadeiras no Senado. Afora isso, houve o aumento da bancada de partidos progressistas aliados como o PSOL, que conquistou 14 cadeiras na Câmara Federal, com o concurso do fenômeno eleitoral Boulos, que se elegeu trazendo consigo além de outros, a guerreira Luiza Erundina.

No primeiro turno ganhamos o governo de três estados, e estamos na iminência de conquistarmos o quarto governante aliado, com o resultado do segundo turno na Bahia.

Há ainda uma probabilidade de alinhamento com governos estaduais de outros partidos em nome de um novo plano nacional de desenvolvimento.

O segundo turno na verdade é uma nova eleição, e as articulações já quase conclusas em ambos os lados, para o agrado de uns e outros não.

Esse é o velho modelo eleitoral liberal burguês, onde as alianças as vezes misturam água com óleo para passar no mesmo funil, o que se repete agora.

Findas as negociações, passaremos a assistir ao carregamento da Arca de Noé, que acomodará um casal de animal político de cada espécie, cuidando para evitar animais políticos muito ferozes e peçonhentos de veneno letal, pois a arca não dispõe de soro antiofídico!

Já vimos as manifestações verbais de apoio a Lula que foram emprestados pelo PSOL de Boulos; pelo PDT de Ciro Gomes; pelo Cidadania de Roberto Freire; pelo PSDB de Tasso Jereissati; e até pelos votos individuais de Soraya Thronicke do União Brasil, e de parte do MDB de Simone Tebet.

Chamamos a atenção de todos para os itens de inclusão de pauta reivindicados pelo MDB para formalização da aliança, eles foram verbalizados de viva voz pela própria senadora Simone Tebet. Ela apresentou um leque amplo e profundo de reivindicações tais como: a reforma tributária; a política fiscal; as privatizações; o combate à pobreza; as regras trabalhistas; a infância e a educação; o meio ambiente; a diversidade; pessoas com deficiência e outros. (?)

Para uma maior clareza e um melhor entendimento, recomendamos a leitura da matéria completa com muita atenção, através do link: As propostas do programa de governo de Simone Tebet – DW – 01/10/2022;

Os dois partidos que são nossos aliados históricos, PSOL e PDT, fizeram propostas de inclusão de conteúdo programático republicanas, como o fizera ainda no primeiro turno, o PV de Marina Silva. Ambos os partidos obedeceram ao princípio basilar de uma aliança programática voltada para os interesses gerais e nisso eles estão corretíssimos.

O PDT apresentou propostas remanescentes ao período do saudoso Leonel Brizola, em defesa da escola integral. Nada contra!

O PSOL por sua vez segue quase a mesma linha do PDT com propostas muito importantes no campo da educação pública.

As centrais sindicais unificaram as forças para um apoio mais efetivo no segundo turno. O empresariado exige de Lula uma definição clara sobre a política econômica a ser adotada, e mais, querem saber quem será o próximo ministro das finanças.

Não podemos antever o resultado eleitoral das alianças celebradas, mas temos a nítida clareza de que Lula é a única opção concreta para uma trégua na marcha para o fascismo, no processo de desmonte do estado e a esperança no restabelecimento da democracia e do estado de direito.

As questões de interesses corporativos, tendem a nos colocar uma venda nos olhos e obstruir a nossa mente. Todavia, confiemos na estratégia e na experiencia política de Lula, na sua habilidade e sabedoria política e nos preparemos para vencer o segundo turno adquirindo musculatura para disputar os rumos do governo.

Já que nós, povo, subestimando a necessidade de uma base parlamentar forte, elegemos tudo quanto é inimigo de classe comprometendo a governabilidade, não reclamemos das alianças que Lula está celebrando. Elas são a única e última forma de se contrapor ao monstro do fascismo que está em marcha.

“Nunca perguntem por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti.”

Votemos Lula 13! pelo menos isso!

 

Consulta:
ps://www.poder360.com.br;

Fotografias:
ps://www.poder360.com.br;
A Arca de Noé – SPGO Sistema Previso de Gestão de Obra (engwhere.com.br)

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