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A sexta extinção em massa estará em curso?

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Pela opinião dos ecólogos, biólogos, e cosmólogos o planeta terra já está vivendo a sexta extinção em massa, embora muitos não acreditem e  para outros essa realidade não seja perceptível. Este  sinal de alerta que aqui esboçamos, ao invés de ser tratado apenas como uma notícia alarmante, deve nos servir como uma séria advertência, para tentarmos deter imediatamente os danos ambientais que continuamos causando  à mãe natureza, se é que ainda é possível.

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Pelos registros científicos o nosso planeta já passou por cinco processos de extinção em massa, ocorridos de forma mais lenta e  gradual, haja vista tratar-se de obra de acomodação  da própria natureza, ou seja, sem ter tido a interveniência do ser humano, o qual  ainda não era presente no cenário terrestre. A quinta e última hecatombe ocorrida, foi responsável pela extinção dos dinossauros  juntamente com cerca de 75% das espécies que povoavam o planeta terra.

A presença de algumas dessas espécies, pode perfeitamente ser constatada aqui bem próximo de nós, tanto pelas pegadas de dinossauros existentes no leito  do Rio do Peixe no município de Sousa na Paraíba, como pelos  inúmeros fosseis expostos à visitação pública no Museu Paleontológico de Santana do Cariri no Sul do  Ceará.

Os fenômenos naturais que estamos vivenciando atualmente, são sinais claros  de que estamos passando por um  acelerado distúrbio climático, decorrente da interferência nefasta  do ser humano no meio ambiente. Esses danos ambientais cada vez mais frequentes e  impactantes, vêm  acelerando a  sexta extinção em massa  que segundo os estudiosos  está em curso.

Os sinais podem ser  claramente percebidos através  das catástrofes localizadas que têm acontecido    no universo, extinguindo espécies, inclusive a espécie humana, tanto através de conflitos bélicos como através de pestes e pandemias diversas.

Há dias passados verificou-se um deslizamento de rochas no lago de Furnas,  localizado  na cidade  mineira de Capitólio, que nos motivou a escrever um artigo, relembrando as catástrofes provocadas pelo rompimento de duas  barragens de contenção.  Elas são  usadas com o propósito  de minimizar a contaminação da água no processo de extração mineral, permitindo a sua devolução aos cursos d’agua em condições de garantir a sustentabilidade do curso de água, permitindo seu uso à jusante.

Embora fatos  como esses  tenham sido recorrentes,  procuramos nos ater em detalhes aos casos mais recentes que provocaram um enorme   impacto ambiental.

O primeiro grande desastre ecológico ocorreu na cidade mineira de Mariana e impactou diretamente a bacia do Rio Doce e quase todo litoral capixaba, grande fornecedor de pescado para a cidade do Rio de Janeiro.

A segunda tragédia, teve como cenário o município de Brumadinho e impactou indiretamente toda bacia do Rio São Francisco, que hoje abastece os estados do nordeste setentrional através do PISF. Os despejos que alcançaram o Rio das Velhas, maior afluente do Rio  São Francisco, levaram  a contaminação para o reservatório de Três Marias e dai para o restante do curso do Rio, até a sua foz, na fronteira dos estados de Sergipe e Alagoas.

A última e não menos devastadora das catástrofes, ocorreu recentemente  no dia 15/02/2022 na cidade Serrana de Petrópolis no estado do Rio de Janeiro. O último balanço de vítimas divulgado no dia 22/02/2022, já contabilizava 183 mortos e 80 desaparecidos.

A rememoração dessas tragédias devastadoras é uma amostra sinistra do que está em curso na atualidade, no tocante à perspectiva iminente da sexta extinção em massa que embora esteja em curso ainda está fora da percepção da maioria da população brasileira e mundial.

É uma  resposta enérgica  da mãe  natureza agredida, que suporta tudo sem se queixar para depois  se  vingar impiedosamente. Senão vejamos:
Os males do desmatamento provocado pelos humanos  não se refletem  apenas na calcinação do solo,  mas também no seu  empobrecimento e  desertificação  que o torna imprestável para o cultivo  e para a produção de alimentos.
A destruição  da cobertura vegetal nas encostas e das margens dos rios, além de provocar deslizamentos, matam  as nascentes dos rios, contribuindo para assoreamento e a consequente  morte dos cursos d’agua. Na própria bacia do São Francisco já morreram muitos afluentes o que pode transforma-lo num longo Rio Seco e sem vida.

O desmatamento das encostas e das matas ciliares, dos rios e das nascentes, se constitui numa agressão que pode ser percebida visualmente e ocorre sob as barbas das autoridades ambientais  acumpliciadas com os devastadores.
Todavia, o pior e não menos letal dos danos contra o qual os ambientalistas do mundo todo se mobilizam, é a liberação continuada e crescente do monóxido de carbono aprisionado no solo.

Com o desmatamento ele que é contido pela vegetação, se desprende e acumula-se na atmosfera, provocando o famigerado efeito estufa que interfere na alteração climática, provocando mudanças climáticas radicais e de enorme impacto.

A grande e nefasta consequência é o derretimento que está em curso, do gelo acumulado nas geleiras e nas calotas polares, que vem provocando a elevação  dos níveis dos mares e oceanos, inundando a superfície continental, em  vastas regiões do planeta.

 

As áreas costeiras de baixa altitude como a dos  países baixos e cidades litorâneas litorâneas de um modo geral como Veneza na Itália além de cidades litorâneas  do Brasil, como: Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, João Pessoa, São Luiz e Belém entre outras, estão seriamente ameaçadas de inundação, senão na sua  totalidade, mas de parte da sua urbe.

“Cinco extinções em massa já aconteceram no planeta Terra, algumas vezes com mais de 90% das espécies acabando extintas. Especialistas afirmam, contudo, que a biodiversidade do planeta entrou recentemente em sua sexta extinção em massa – e dessa vez por nossa culpa.”

“Todas as 5 extinções em massa ocorridas antes da atual aconteceram por razoes naturais, muito antes dos primeiros humanos descerem das árvores e saírem do continente Africano. Contudo, apesar da resiliência da vida na terra, a espécie humana está alterando o ambiente a um nível que pode não ser sustentável para manter a importante biodiversidade do planeta.”

De acordo com os estudos 150.000 a 260.000 espécies de moluscos se extinguiram desde o ano de 1500. A lista vermelha atual mostra a extinção presente de 882 dessas espécies.
Aos aficionados dos moluscos e crustáceos como: mexilhões, sururu, polvo, lula, lagosta, camarão, caranguejo, é urgente que procurem respeitar o período do defeso que a época de reprodução impõe, pois são espécies na lista vermelha da extinção.

Um exemplo de consumo predatório ocorre em Fortaleza, capital do Ceará, onde um comerciante estabelecido na Praia do Futuro idealizou consagrar as quintas feiras como A Quinta  do Caranguejo. O negócio cresceu assustadoramente e nos dias atuais todo botequim de Fortaleza, seja ele localizado à beira mar ou não, aderiu a moda e nas noites de quinta feira, o que se ouve ao longe  é o bater dos martelos quebrando caranguejo, seja isso na época do defeso ou não. Ou seja é uma acintosa  e consciente transgressão.

Pelo que fomos informados o comerciante pioneiro hoje é um grande empresário distribuidor de caranguejos  e mantem uma equipe de captura permanentemente instalada  no Delta do Rio Parnaíba capturando caranguejos.
Os caminhões transportadores são precários e inapropriados o que implica numa perda  morte  em torno de 40%. Isso é um crime ambiental que abreviará a extinção dessas espécies.

Por onde andará o Ministério Público? estará esperando ser suscitado para tomar uma providência enérgica?

Não pense o ser humano que a nossa espécie está isenta dessa contabilidade pois agora, somente na pandemia da covid 19, morreram mais de 5 milhões de pessoas.
Repetimos aqui o prefácio do poeta John Donne escrito na contracapa do romance Por Quem os Sinos Dobram de autoria de Ernest Hemingway. Escreveu ele:

“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria casa; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso nunca perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti!”

 

 

Consulta: A sexta extinção em massa já está acontecendo (socientifica.com.br);Asteroide que matou dinossauros atingiu a Terra em “ângulo letal” – Revista Galileu | Ciência (globo.com)

Fotografias: https:revishttps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/202010/tragediahttps://www.aquinoticias.com/2019/01/20190126214345-catastrofe-de-brumadinho-de-marianatagalileu. Com 178 mortos, tragédia em Petrópolis é a maior já registrada na história do município | Rio de Janeiro | G1 (globo.com)globo. https://www.grupoescolar.com/a/b/ciclo-do-carbonohttps://wwwhttps://educador.brasilescola.uol.com.br/. jornaldaparnaiba.com;

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