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“Todo caminho da gente é resvaloso.
Mas também, cair não prejudica demais
A gente levanta, a gente sobe, a gente volta!…
O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim:
Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,
Sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria,
E ainda mais alegre no meio da tristeza…”
O escritor João Guimarães Rosa, com o seu estilo descontraído e único, é autor de um dos clássicos da nossa literatura cujo título é Grande Sertão Veredas.
Há um trecho no livro que reproduzimos acima e que consideramos muito significativo pela lição de coragem para a nossa caminhada cotidiana. Ele sugere coragem de enfrentar as intempéries com altivez e tenacidade, de não se deixar abater com as derrotas em algumas batalhas dessa guerra que é a nossa caminhada de vida.
Vivemos uma época de muitas provações e desafios em que o comodismo e a conveniência nos induzem a mantermos a zona de conforto como forma de nos esquivarmos e fugirmos dos desafios. A inércia, a acomodação, a indiferença e a leniência ficam a sugerir ao nosso subconsciente, a nos mantermos à parte da luta cotidiana a espera de um salvador que venha nos redimir.
É dessa forma que se criam os mitos de pés de barro da vida, tema que já tratamos no nosso site (link anexo).
Esse sentimento é a matéria prima dos oportunistas do mundo da política para se apresentarem como salvadores mitológicos e exigirem de nós uma procuração irrevogável e irretratável com a promessa de durante quatro anos “resolverem todos os nossos problemas.”
De posse da procuração assinada com a tinta da covardia e da omissão esquecem as promessas, vazias de conteúdo, rasgam os compromissos assumidos e passam a agir de acordo com a conveniência do grupo econômico que o criou e ungiu com o óleo do egoísmo e da exploração. É nessa hora que a o meio de campo cooptado no meio dos nossos, começa a sofismar, a negar e a trair a confiança daqueles com quem conviveu até a véspera.
É exatamente nesse momento que precisamos nos mirar na célebre frase do autor citado e repetir alto e bom som: “o que a vida quer da gente é coragem”
João Vicente
É de inteiro conhecimento que só de deve delegar poderes atrever de um documento procuratorio a pessoas de sua inteira confiança. O que observar-se atualmente são pessoas vendendo a preço de banana este poder único de cada um para pessoas ilegítimas cuja finalidade é a locoplentacao pessoal dos seu capital. A a hora de mudança e agora, e segundo o grande POETA, O QUE A VIDA QUER É CORAGEM
O momento que estamos vivendo está mesmo a exigir muita coragem. A propósito, aceitando o desafio do meu neto Lucas me dispus a ler Grande Sertão Veredas. Graciliano também repete: VIVER É MUITO PERIGOSO. Assim vamos em frente: o perigo existe,o que precisamos é de coragem.