A parcialidade da imprensa

Por: João Vicente Machado


  No discurso empolado de Odorico Paraguaçu, ele tratava a imprensa marrom com o neologismo “imprensa marronzista”.


    Temos visto emergir aqui, ali e alhures, muitos exemplares dessa modalidade.


    A independência de opinião é o desejo colimado de toda sociedade moderna, embora saibamos que imprensa imparcial é algo muito raro.


     Os motivos da parcialidade são vários, mas desde os órgãos de maior dimensão até as redes sociais, a partilha do bolo publicitário público tem um significativo peso nesse mister.


     Que o órgão de imprensa se aproxime das verbas públicas de publicidade é compreensível. Todavia a submissão do veículo à uma obediência cega é por demais deplorável.


    Com matérias de puro alinhamento, tanto manchetes como o corpo da matéria são muitas vezes escandalosamente tendenciosas.


    Tem mais, não gostam nem um pouco dos que escrevem com imparcialidade.


    Li outro dia, de um vetusto jornalista semi aposentado que “ está havendo uma uberização das redes sociais”. Refere-se ele ao transporte por aplicativo cujos preços praticados são bem menores do que o transporte regular.


    Ora, ora! Ele nos leva a crer que existe uma reserva de mercado que está sendo “invadida”.


    Onde chegamos!


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