Desde que o mundo é mundo a vida sempre esteve em constante evolução.
Da concepção passamos à condição de embrião, evoluímos ao estado de feto e assim, em todo período pré-natal, estivemos em contínua evolução, dia após dia.
Na condição de seres mutantes psicossomáticos, passamos da infância à puberdade/adolescência e vivenciando todas as transformações possíveis à mente e ao corpo, quando enfim, chegamos à maturidade.
Mas a construção do ser humano não para por aí, estamos experienciando uma evolução continuada até o nosso último alento de vida.
É também importante lembrar que a vida é constituída por ciclos. A cada ciclo que passa aprendemos a crescer, a visualizar o mundo com um olhar próprio para aquele momento, a ter um corpo e um pensar diferentes, a viver os encontros e desencontros da vida a dois e assim por diante.
E como diz o filósofo e professor Mário Sérgio Cortella: “Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo”. Temos toda a existência para construirmos a nós mesmos.
Inegavelmente, estamos vivendo um tempo de desassossego. A pandemia de Coronavirus e o isolamento social ocasionam a possibilidade de avaliarmos o que é preciso ter como prioridade na construção de novos hábitos que façam mais sentido para nosso propósito de vida. É uma chance única para refletir e construir um novo jeito de viver.
E quando as intercorrências da vida pedirem para (re)começar ou reformar um capítulo, faça. Ao invés de entrar em pânico e olhar para esse fato como uma punição, considere isso como uma nova oportunidade para fechar aquele ciclo e buscar uma nova chance para ser feliz. Recomece quantas vezes for necessário. Lembre-se, não nascemos para sermos perfeitos, nascemos para sermos felizes.
Por tudo isso, inegavelmente, nós somos seres em construção, e muitas vezes, ainda é necessário reformar o que já foi construído.
DICAS PARA RECOMEÇAR E RECONSTRUIR SUA VIDA PÓS MOMENTO DIFÍCIL:
1. DESAPEGUE-SE. DEIXE O PASSADO PARA TRÁS.
►Para seguir em frente, é fundamental que você aceite que a situação que vivia antes da “fatalidade” não existe mais. Não precisa ter pressa permita-se absorver o que aconteceu em seu próprio tempo.
2. PERMITA QUE AS PESSOAS SAIAM DE SUA VIDA, CASO SEJA A VONTADE DELAS.
►Por vezes, recebemos sinais de que alguém deseja se afastar, mas, mesmo assim, insistimos em mantê-la por perto e acabamos nos machucando nesse processo. É importante aceitar as decisões dos outros, mesmo que, momentaneamente, para nós, elas não sejam as melhores.
3. LIVRE-SE DO RANCOR, DA MÁGOA E DO ÓDIO.
►Remoer mágoas passadas, além de doloroso, ocupa o espaço que poderia ser de novos e bons sentimentos. Cultivar mágoa, rancor e sentimento de ódio é como tomar um “veneno” diariamente e esperar que o desafeto morra. Quem pode estar morrendo por se envenenar por essas toxinas do desamor é você.
4. NÃO SE CULPE SE NÃO CONSEGUE PERDOAR.
►Apesar de ser um ato relevante e louvável, nem sempre estamos prontos para perdoar quem nos fez sofrer. O mais importante é não deixar a mágoa tomar as rédeas da nossa vida.
5. É NECESSÁRIO MANTER A JOVIALIDADE NA ESSÊNCIA DO NOSSO SER.
►Tome sol todos os dias. O sol tem ação antidepressiva.
►Reconecte-se a natureza. O contato com a natureza promove autorregulação do organismo.
►Resgate sua infância, desenvolva seu lado lúdico, brinque mais.
►Conquiste uma nova habilidade, aprenda um idioma, um instrumento musical, uma receita culinária, etc.
►Planeje novos projetos e sonhe!! Os sonhos dão origem a mudanças.
Quando o ser humano perde a capacidade de se adequar a mudanças e a vontade de aprender coisas novas, tem início o processo de envelhecimento do espírito.
Samuel Ullman, poeta e líder religioso americano, dizia que “O tempo enruga a pele, mas abrir mão de entusiasmo enruga a alma”.
Por fim, deixo-lhe uma reflexão e uma sábia recomendação formulada por Chico Xavier:
“Uma mágoa não é motivo para outra mágoa. Uma lágrima não é motivo para outra lágrima. Uma dor não é motivo para outra dor.
Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche.
O resto, mais que perda de tempo… é perda de vida
Revisão de texto: Nilma Lima
